sábado, 29 de agosto de 2009

Novartis diz que vacina para gripe estará disponível em outubro

da Efe, em Genebra

A farmacêutica suíça Novartis informou hoje que entregará as primeiras doses de sua vacina contra a nova gripe em outubro, após ter conseguido desenvolver, em parte, um processo mais rápido que os tradicionais para produzi-la.

Leia a cobertura completa sobre a pandemia de gripe suína
OMS diz que 40% dos mortos são adultos com boa saúde
Gripe suína atinge mais de 200 mil; metade está nas Américas
Dois terços dos americanos querem tomar vacina contra gripe suína

A colocação em circulação das vacinas foi anunciada pelo chefe da Divisão de Vacinas e Diagnósticos da Novartis, Andrin Oswald, que disse que o lucro a ser obtido pela companhia com as vendas será limitado.

Entrevistado pelo jornal "Basler Zeitung", Oswald disse que este processo é delicado e requer grandes investimentos, de modo que o lucro será limitado enquanto a pandemia se mantiver nos níveis moderados atuais.

A Novartis recebeu pedidos de diversos países para fornecer milhões de doses da vacina quando estiver pronta.

A francesa Sanofi-Pasteur, a britânica GlaxoSmithKline, a americana Baxter e a suíça Novartis são as quatro farmacêuticas que estão elaborando a vacina contra a nova gripe.

Os estudos sobre a vacina durarão até 2010, mas sua distribuição começará este outono (hemisfério norte).

França e Reino Unido foram os primeiros países a receber doses de vacinas para a nova gripe, mas as autoridades sanitárias de cada país ainda devem dar sinal verde e aprovar o início da vacinação, prioritariamente de grupos de risco.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vacina contra pneumonia entra no calendário brasileiro

Rio de Janeiro - A partir de 2010 a vacina que previne otite média, pneumonia e meningite bacterianas fará parte do calendário de vacinação infantil das crianças menores de um ano.

O Programa Nacional de Imunizações oferecerá 13 milhões de doses a 3,2 milhões de bebês. Nas clínicas particulares, que já dispõe da vacina, o custo é de cerca de R$ 500. São necessárias três a quatro doses para garantir uma taxa de imunização de 80% a 85% contra essas doenças.

Estima-se que com a vacinação em massa nessa faixa etária, possam ser evitadas cerca de 1.500 mortes de crianças por ano. No Brasil, o pneumococo causa cerca de 1.500 casos de meningite, 20 mil hospitalizações por pneumonia e mais de 3 milhões por otite média aguda por ano.

A oferta da vacina será possível graças a um acordo de transferência tecnológica assinado hoje entre a fabricante, a Glaxo SmithKline, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Serão cinco etapas até que o País tenha o domínio completo da tecnologia, o que deve acontecer em 2017. Na primeira etapa de transferência tecnológica, que começa no ano que vem, a Fiocruz envasará e fará o controle de qualidade das vacinas.

O Ministério da Saúde está investindo R$ 400 milhões na compra das 13 milhões de doses do imunobiológico necessárias para vacinar todas as crianças menores de um ano em 2010. O custo por dose é de R$ 31, o que equivale a um gasto de R$ 124 na imunização de cada bebê. Em contrapartida, a GSK investirá cerca de R$ 92,4 milhões na Fiocruz, em um acordo para o desenvolvimento de vacinas contra a dengue, malária e o aperfeiçoamento da de febre amarela, que já é produzida pela fundação.

* do UOL Notícias

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Glaxo inicia testes de vacina contra a gripe suína em humanos

da Folha Online

A empresa farmacêutica GlaxoSmithKline anunciou nesta sexta-feira o início dos testes da vacina para gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- em seres humanos.

A farmacêutica informou que irá comunicar as autoridades governamentais, já no mês que vem, os primeiros resultados de testes que ocorrerão na Alemanha entre 128 pessoas com 16 a 60 anos.

Outras duas gigantes do setor, a Novartis AG e a Sanofi-Aventis SA, começaram a testar produtos similares no começo deste mês.

Em julho passado, a australiana CSL afirmou ter começado seus testes, naquele país.

Conforme a empresa, serão realizados 16 testes clínicos em mais de 9.000 pessoas --entre crianças, adultos e idosos-- em países da Europa e da América do Norte.

Na Europa, serão testadas vacinas com um componente químico que prolonga o princípio ativo e que auxilia a resposta do sistema imunológico.

No Canadá e nos Estados Unidos estão sendo testadas doses com e sem o componente.

Por enquanto, nenhum país licenciou produtos com o tal componente, pois a segurança para grávidas e crianças --dois dos grupos de risco para contágio de gripe suína-- ainda é incerta.

Os dados serão compartilhados com instituições reguladoras do setor para que elas possam decidir o quanto antes sobre sua licença.

"Esperamos enviar nossas primeiras doses já em setembro", disse a porta-voz da Glaxo, Alexandra Harrison.

Tanto a Europa quanto os Estados Unidos terão um sistema rápido de aprovação da vacina contra gripe suína, para garantir que ela chegue ao mercado logo --e antes de alguns testes de segurança.

A Agência Europeia para Remédios informou que pode aprovar a vacina em um prazo de cinco dias.

Segundo a porta-voz, a Glaxo terá atendido quase todos os pedidos recebidos --que somam 291 milhões de doses-- antes do final deste ano ou, no mais tardar, no começo de 2010.

Ela será a principal fornecedora do Reino Unido, segundo Liam Donaldson, chefe da autoridade britânica no setor de saúde.

Aos Estados Unidos, a Glaxo irá fornecer US$ 250 milhões em ingredientes para a produção da vacina.

A Glaxo ainda promete doar 50 milhões de doses da nova vacina para a OMS (Organização Mundial de Saúde), que irá doá-las a países pobres.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1.

Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Com Reuters e Associated Press

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Devido à gripe suína, Ministério da Saúde adia vacinação contra a pólio

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Para que o sistema de saúde possa atender com maior tranquilidade os pacientes com suspeita de influenza A (H1N1), o Ministério da Saúde anunciou o adiamento da segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra poliomielite para o dia 19 de setembro.

De acordo com o ministério, o início estava previsto para 22 de agosto, mas a mudança não deve comprometer a saúde das crianças nem o efeito protetor da vacina aplicada na primeira etapa da campanha, realizada em 20 de junho.

A decisão, diz o Ministério da Saúde, tem o objetivo de evitar uma sobrecarga nos serviços de atenção básica, porta de entrada para os pacientes com suspeita de gripe. A orientação atende também a pedido de secretarias estaduais da saúde dos Estados mais afetados pelo aumento do atendimento a pacientes com sintomas de gripe.

"Embora nem todos os Estados apresentem sobrecarga no sistema de saúde por causa da influenza A, optamos por adiar a campanha de vacinação em todo o país. Isso porque, quando realizada simultaneamente em todos os Estados, criamos uma rede de proteção e garantimos uma maior imunidade de grupo", afirma o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna.

A segunda etapa da campanha nacional de imunização tem a meta de atingir cerca de 14,7 milhões de crianças -95% das crianças menores de cinco anos. Em torno de 115 mil postos de vacinação, em todo o país, estarão envolvidos no processo.
UOL Celular

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Vacina de gripe suína começa a ser produzida em outubro no Brasil

Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Atualizada às 12h28

A matéria-prima para produção de vacinas contra a gripe A (H1N1) acaba de chegar ao Brasil, e a vacina deve ser produzida a partir de outubro. Segundo o presidente da Fundação Butantan, Isaias Raw, responsável pela produção, o processo para produção da vacina para gripe comum é o mesmo, e será apenas preciso adaptá-la ao novo vírus.
Temporão confirma 192 mortes e defenda distribuição de remédio controlada

Ele avalia que o Brasil será pressionado para atender também os países vizinhos, pois não há outra fábrica de vacinas na América Latina. O Ministério da Saúde está negociando a importação de 17 milhões de doses da vacina, além do que poderá ser produzido no Butantan.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta terça-feira (11) que a compra de vacinas no exterior está acertada, e não vão faltar recursos para os órgãos de produção de remédios, vacinas e reagentes para diagnósticos.

Segundo ele, o Brasil já registrou 192 mortes por gripe A (H1N1), a chamada gripe suína. O último boletim divulgado pelo ministério indicava 96 óbitos.

São Paulo tem 40% das mortes, seguido por Rio Grande do Sul (23%), Paraná (22%) e Rio de Janeiro (12%). Segundo o ministro, 28 gestantes morreram em decorrência da nova gripe e dessas, 30% apresentavam outros fatores de risco. Outras 107 grávidas que contraíram a doença já receberam alta e passam bem.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, Temporão voltou a criticar o pânico criado em torno da nova gripe e disse que o governo retardou ao máximo - por 80 dias - a entrada do vírus no país. O retardamento, disse, é um marco importante.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Piero Locatelli
Do UOL Notícias
Em Brasília

O Brasil deverá receber 18 milhões de doses da vacina contra a influenza A (H1N1) até abril de 2010. Serão 1 milhão de doses prontas até dezembro deste ano e, no primeiro trimestre do ano que vem, o restante será processado pelo Instituto Butantã.

A informação foi dada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, na tarde desta segunda-feira (3) durante seminário em Brasília sobre a gripe.

"As vacinas não poderão ser comercializadas", disse o secretário. Segundo ele, as doses deverão entrar no calendário de vacinação sugerido pelo ministério.

Além dos 18 milhões iniciais, o número pode aumentar mais 15 milhões caso a OMS (Organização Mundial de Saúde) autorize o Brasil a diminuir a vacina sazonal da gripe comum. Ela seria, em partes, substituída pela vacina da H1N1.

Tamiflu não será distribuído em farmácias
Enquanto as vacinas não chegam ao país, o ministro José Gomes Temporão (Saúde) afirmou que o medicamento contra a gripe, o Tamiflu, continuará a não ser distribuído em farmácias.

"Algumas pessoas criticam porque o medicamento não está disponível na farmácia para toda e qualquer pessoa que tiver uma receita médica. A resposta é que teríamos uma corrida às farmácias da população com maior poder aquisitivo, porque o medicamento é caro. Comprariam o medicamento para estocar", disse o ministro.

Segundo Temporão, o ministério irá controlar a distribuição dos medicamentos aos Estados conforme a necessidade de cada um. Temporão também afirmou que não há a necessidade de mulheres grávidas deixarem de comparecer ao trabalho caso não apresentem sintomas da doença, como alguns médicos têm recomendado. Mas devem procurar um hospital ao sinal de qualquer sintoma.

A orientação do ministério é para que as pessoas se previnam, preferindo lugares ventilados, além de lavar as mãos constantemente e cobrir a boca e o nariz ao tossir. "Essas coisas que a gente acha bobagem às vezes são as mais importantes", disse Reinaldo Guimarães.

* do UOL Notícias