sábado, 24 de setembro de 2016

Campanha de multivacinação tem Dia D neste sábado em todo o país


Campanha tem todas as vacinas disponíveis pelo SUS.
Ministério disponibilizou 19,2 milhões de doses extras de 14 vacinas.

Do G1, em São Paulo
Postos de vacinação estarão abertos neste sábado (24) em todo o país para o Dia D da campanha de multivacinação lançada pelo Ministério da saúde. Além das salas de vacinação que ficam nas unidades de saúde, algumas cidades terão postos extras em escolas e praças.
A campanha inclui, pela primeira vez, todas as vacinas disponíveis pelo SUS para crianças de até 5 anos e para crianças e adolescentes entre 9 e 15 anos incompletos, incluindo a imunização contra HPV para meninas. O esforço de vacinação vai até o dia 30 de setembro.
Para realizar as imunizações, o Ministério da Saúde enviou 19,2 milhões de doses extras das 14 vacinas para os postos de saúde de todo o país. Serão cerca de 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil profissionais de saúde envolvidos nos 12 dias de mobilização.
Veja as 14 vacinas da campanha:
- Hepatite A
- VIP
- Meningocócica C
- Rotavírus
- HPV
- Pneumo 10
- Febre amarela
- Varicela
- Pentavalente
- Tetraviral
- Dupla adulto
- DTP
- Tríplice viral
- VOP (poliomielite)
As doses já estão normalmente disponíveis de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS), em qualquer posto. O objetivo principal da campanha é estimular que os pais levem os filhos para pôr em dia a carteira de vacinação.

Segundo Ana Goretti Kalumi, do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal dos adolescentes no Brasil ainda não é adequada, por isso a campanha incluiu essa faixa etária. “Os adolescentes são um público que, diferentemente das crianças pequenas que são levadas pelas mães às unidades de saúde, são muito resistentes a buscar serviços de saúde”, disse a especialista em coletiva de imprensa.
A vacinação contra pólio ocorre normalmente no mês de agosto. Este ano, porém, ela foi adiada, segundo o Ministério da Saúde, devido à Olimpíada no Rio, que poderia diminuir a adesão.
Contra pólio, devem ser vacinadas crianças entre 6 meses e 5 anos de idade que ainda não tenham completado o esquema vacinal, que consiste em três doses da vacina injetável e mais duas doses de reforço em versão ora, a gotinha.
vídeo da campanha inclui, além do Zé Gotinha, os personagens da “Carreta Furacão”, trenzinho de Ribeirão Preto-SP que faz sucesso na internet.
Vacinar adolescentes é desafio
Segundo a médica Mônica Levi, presidente da Comissão Técnica para revisão dos calendários vacinais e consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a cobertura vacinal de crianças mais velhas e adolescentes ainda é um desafio a ser superado. “Temos um programa nacional de vacinação de muito sucesso, mas algumas vacinas do adolescente acabam esquecidas”, diz.
Um dos casos de baixa adesão é a vacina contra HPV para meninas, que tem o objetivo de prevenir câncer de colo de útero. Mônica lembra que a vacinação contra HPV teve sucesso na aplicação da primeira dose, mas informações divulgadas erroneamente sobre supostos efeitos colaterais da vacina, que posteriormente foram descartados, prejudicaram a campanha.
Quando entrou no programa nacional de imunizações, a vacina contra HPV chegou a ter 92,3% de adesão, entre 2014 e 2015. Porém, até março deste ano, apenas 69,5% das meninas de 9 a 11 anos tinham tomado a primeira dose da vacina. Quanto à segunda dose, a adesão foi ainda pior: só 43,73% do público-alvo foi atingido.
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Vídeo da Campanha Nacional de Multivacinação tem Zé Gotinha e personagens da Carreta Furacão (Foto: Divulgação)Vídeo da Campanha Nacional de Multivacinação tem Zé Gotinha e personagens da Carreta Furacão (Foto: Divulgação)
Veja mudanças na vacinação ocorridas este ano:
HPV
Como era: 2 doses para meninas de 9 a 13 anos com intervalo de 6 meses; 3ª dose 5 anos depois.Como fica: 2 doses com intervalo de 6 meses para meninas de 9 a 13 anos.
Poliomielite
Como era: injeção aos 2 e 4 meses e gotinha aos 6 meses. 2 doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos (ambas de gotinha).
Como fica: muda somente que a 3ª dose passa ser a injetável.
Pneumonia
Como era: 3 doses  (2, 4 e 6 meses de idade) e reforço entre 12 e 15 meses.
Como fica: 2 doses - aos 2 e 4 meses e um reforço aos 12 meses.
Meningite
Como era: 2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 15 meses.
Como fica:2 doses, aos 3 e 5 meses de idade, com reforço aos 12 meses.

Postado por carlos PAIM

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Calendário de vacinação atualizado já está em vigor



Proteção

Foram alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite
por Portal BrasilPublicado05/01/2016 18h00Última modificação11/01/2016 13h41
Os postos de saúde de todo o Brasil já estão com o novo calendário de vacinação para 2016. Estão sendo alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV, que não será mais necessária a terceira dose. As mudanças, realizadas pelo Ministério da Saúde, começaram a valer a partir da última segunda-feira (04).
“Essas mudanças são rotineiras. O Calendário Nacional de Vacinação tem mudanças periódicas em função de diferentes contextos. Sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas, fazemos modificações no calendário”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
Um das principias mudanças é na vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.
Estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres entre 9 e 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia, que, a partir de agora, será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
Pólio
Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
Vacinas
Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.
Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015. Além disso, os contratos do Ministério da Saúde com os laboratórios produtores de vacinas estão em andamento e os pagamentos em dia.
Foram alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde
Postado por Carlos PAIM

sábado, 14 de maio de 2016

Posto de Identificação móvel na Caravana da Saúde deve emitir 900 identidades


Serão disponibilizadas 300 senhas por fim de semana e o serviço é gratuito (Foto: Divulgação)Quem procurar o Posto de Identificação móvel montado no centro de eventos Albano Franco onde é realizada a Caravana da Saúde, em Campo Grande, poderá tirar a primeira via do RG (Registro Geral) sem precisar agendar o serviço e ainda de graça. Isso, graças ao Governo do Estado que disponibilizou 900 documentos para serem emitidos no local.
O serviço será dividido durante os três fins de semana que a Caravana vai estar na Capital a começar por este. Por final de semana serão disponibilizadas 300 senhas a população sendo elas 150 no sábado e outras 150 no domingo.
Os atendimentos serão realizados pelos servidores do Instituto de Identificação das 8 às 18 horas hoje e amanhã e nos próximos dois finais de semana, dias 21 e 22 e 28 e 29 de maio, das 8 às 18 horas.
Os usuários precisam levar os documentos originais da certidão de nascimento ou casamento, CPF (Cadastro de Pessoa Física) se tiver e comprovante de residência. Caso o usuário seja menor de idade ele deverá estar acompanhado dos pais durante o atendimento.
O diretor do Instituto de Identificação lembra que o atendimento na Caravana da Saúde é exclusivo para usuários que ainda não tem carteira de identidade em Mato Grosso do Sul, que a entrega do documento será feita posteriormente nos Postos de Identificação e que o prazo irá variar conforme a demanda.
Interior - o Governo do Estado já emitiu 1.151 novas carteiras de identidade para os usuários da Caravana da Saúde dos municípios de Coxim (36), Ponta Porã (221), Três Lagoas (200), Paranaíba (100), Nova Andradina (85), Corumbá (51), Naviraí (44), Jardim (72), Aquidauana (112) e Dourados (230)
CampoGrandeNews
Postado por: Ygor I. Mendes

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Pesquisadores devem levar pelo menos cinco anos para concluir vacina contra o Zika

Pesquisadores ainda devem demorar pelo menos cinco anos até disponibilizar uma vacina contra o Zika, vírus já disseminado em todos os estados brasileiros e em cerca de 40 países e territórios. A previsão é o vice-diretor do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, José Cerbino Neto. "Isso envolve o desenvolvimento de adjuvantes, de estratégias vacinais, de modelos experimentais para persistência e resistência da infecção. Além disso, o produto tem que estar em condição de testagem humana, e isso leva tempo, e também leva tempo os estudos de fase um, dois e três", disse Cerbino Neto, em audiência pública na Câmara dos Deputados na quinta-feira (5).
Para o desenvolvimento de um imunizante, são necessárias várias etapas, que vão desde a decisão de que tipo de tecnologia será usada até a comparação entre grupos que foram imunizados e que não foram. A primeira vacina contra a dengue, por exemplo, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, levou 20 anos para ser concluída. Mas os especialistas ressaltam que, enquanto a dengue tem quatro subtipos, o zika só tem um, o que facilitaria. "Temos um horizonte de pelo menos cinco anos, antes disso, acho que a gente não tem como ter uma resposta mais concreta sobre a eficácia dessa vacina".
Na audiência, Cerbino Neto ressaltou que o vírus Zika se espalhou mais rapidamente do que a dengue e a chikungunya, vírus transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti. "A gente tem relatos da identificação do vírus em outros fluidos corporais, mas não temos como afirmar que há transmissão por essas outras vias nem qual o risco dessas transmissões", relatou o especialista.
Também em audiência na Câmara dos Deputados nesta semana, a pesquisadora Adriana Melo, presidente do Instituto de Pesquisa Prof. Joaquim Amorim Neto (Ipesq), sediado em Campina Grande, Paraíba, disse que o vírus pode ser encontrado na saliva, mas não se sabe se é possível passar a doença para outra pessoa por esse meio. "Estamos coletando saliva no instituto para enviarmos para a UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] para que seja analisada a possibilidade de esse fluido transmitir a doença", disse a pesquisadora. A transmissão sexual já foi relatada em artigos científicos, mas ainda é objeto de estudos dos pesquisadores.
Outro alvo de pesquisa, segundo Cerbino Neto, é a proporção de infecções assintomáticas pelo vírus. Apesar de o Ministério da Saúde, desde o começo da epidemia, dizer que 80% das infecções são assintomáticas, o vice-diretor disse que ainda não se pode fazer esta afirmação com convicção. "A gente não tem uma sorologia confiável, que permita fazer o critério sorológico e saber quantas pessoas se infectaram sem que tenham desenvolvido os sintomas". A sorologia é um exame que permite saber se uma pessoa foi infectada por um vírus, mesmo depois de os sintomas desaparecerem.
Transmitido por um mosquito já bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costuma ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, em outubro de 2015, exame feito pela médica especialista em medicina fetal, Adriana Melo, descobriu a presença do vírus no líquido amniótico de um bebê com microcefalia. Em 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.
De acordo com o primeiro boletim da doença divulgado pelo Ministério da Saúde, em fevereiro e março deste ano foram notificados 91.387 casos prováveis de infecção por zika no país. A chegada do vírus ao Brasil elevou o número de nascimentos de crianças com microcefalia de 147, em 2014, para pelo menos 1.271 casos de outubro do ano passado a 30 de abril deste ano.

EEBC
Postado por: Ygor I. Mendes

sábado, 7 de maio de 2016

Novo lotes de vacina contra gripe chega a Santa Catarina

Procura nos postos de saúde provocou falta de doses nesta semana.
Estoque no estado deve ser normalizado na segunda (9), segundo Dive.


Um novo lote com vacinas contra a gripe chegou a Santa Catarina nesta sexta-feira (6). São 414 mil doses, o suficiente para vacinar 20% do público-alvo da campanha. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), o estoque do estado deve estar normalizado até segunda (9), como mostrou o RBS Notícias.
A grande procura nos postos de saúde chegou a provocar falta de vacinas em cidades como Joinville, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Tubarão e Florianópolis. Isso ocorreu principalmente depois do "Dia D" da campanha de vacinação, no sábado (30), quando os postos ficaram abertos por mais tempo.
Algumas unidades de saúde da capital tiveram as geladeiras reabastecidas na tarde desta sexta. Do início da campanha até a noite desta sexta, mais da metade do grupo prioritário havia sido vacinado, de acordo com a Dive.
"Em duas semanas, nós já vacinamos 67% da população alvo. Normalmente, nós levamos 30 dias para vacinar em torno de 90%. Então, nós acreditamos que até o dia 20 de maio nós tenhamos passado essa meta do ano passado tranquilamente", disse a gerente de Imunização da Dive, Vanessa Vieira da Silva.
Gripe no estado
Santa Catarina registra 26 mortes por gripe A e B este ano, segundo o boletim mais recenteda Dive, divulgado na quinta (5). No estado, 140 pessoas foram hospitalizadas com a doença.
Dentre as 25 pessoas que morreram com gripe A, cinco eram moradoras de Blumenau, quatro de Araranguá, duas de Guaramirim, duas de São José, duas de Joinville e uma em cada um destes municípios: Brusque, Lages, Sombrio, Balneário Barra do Sul, Orleans, Florianópolis, Praia Grande, Penha, São Martinho e Rio dos Cedros. Em Jaraguá do Sul, houve a morte por gripe B.
Das 26 mortes, 22 foram de pacientes que tinham algum fator de risco associado, como doença crônica, obesidade e idade avançada.
A gerente enfatizou que aqueles que têm doença crônica devem tomar a vacina. "83% dos óbitos estão entre pessoas com comorbidades [duas ou mais doenças no mesmo paciente]. São aquelas pessoas que têm doenças crônicas, que têm direito à vacina, que precisam se vacinar e que são o grupo que menos procura a vacinação neste momento".
Somente casos graves são notificados
À primeira vista, o índice de mortalidade de gripe A e B pode parecer elevado, mas é preciso considerar que todos os casos monitorados e divulgados pela Dive são de pacientes graves, explicou o superintendente da Dive, Fábio Gaudenzi.
É por essa razão que as gripes A e B têm, proporcionalmente, um número maior de mortes em comparação, por exemplo, com a dengue. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também é monitorada pela Dive, mas de uma forma diferente.
"Na dengue, todo caso suspeito é notificado. A maioria são casos leves, que não necessitam de internação, [a doença] tem uma quantidade pequena de casos graves", explicou Gaudenzi.
"No caso da Influenza, a Dive não monitora todos os casos de gripe, só os casos graves, de pacientes que estão internados. Precisa ter febre, tosse, dor de garganta e estar internado. Proporcionalmente, tem um número maior de óbitos", continuou o superintendente.
G1GLOBO
Postado por: Ygor I. Mendes

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Vereadores não encontram vacinas e merendeiras em visita surpresa

Nesta quarta-feira (4), parlamentares retornaram a unidades já vistoriadas em março para conferir o que mudou

Vereadores em área de lazer parada há mais de três anos no bairro Noroeste. (Foto: Alberto Dias)
Vereadores em área de lazer parada há mais de três anos no bairro Noroeste. (Foto: Alberto Dias)
Vereadores retornaram, nesta quarta-feira (4), a obras e unidades vistoriadas em março nos bairros Noroeste, Serradinho, Nova Campo Grande e Jardim Carioca. Dessa vez, os parlamentares não avisaram a Prefeitura e chegaram de surpresa nos locais, para flagrar a rotina de funcionamento de escolas, creches e postos de saúde. Nas duas ocasiões as realidades encontradas foram divergentes.

Na escola Municipal Ione Catarina, no bairro Noroeste, Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Roberto Durães (PSC) constataram que não havia comida, nem merendeira. A merenda hoje seria apenas biscoito. Em 30 de março, quando o projeto Câmara Comunitária avisou que passaria pelo local, “havia uma boa despensa de mantimentos e até nutricionista”, relembrou Chiquinho Telles (PSD), também presente na ação.

Outra escola visitada foi a Senador Rachid Saldanha, que atende a 1520 alunos. Em ambas não existe mais a turma de 9º ano, impossibilitando estudantes da região de concluírem o ensino fundamental perto de casa.

Já na unidade de saúde do bairro, os poucos pacientes reclamavam falta de medicamentos e de vacinas. “Mas acabou de acabar”, justificou a gerente da unidade, Keila Barreto Araújo, explicando que a demanda é grande. Segundo ela, 600 doses da vacina contra a gripe chegaram ontem na unidade. “Outras 700 foram entregues no sábado (30) e 200 na quarta-feira passada (27)”, complementou a gerente. Na farmácia desta UBS, a aposentada Maria Gilmar de Castro, mais uma vez, não encontrou seus remédios para pressão e diabetes. “Há nove anos passo por isso aqui no bairro”, desabafou.
Vistorias simultâneas - Enquanto isso, outros três vereadores percorriam outra região da cidade, alvo da primeira ação da Câmara Comunitária, realizada em 16 de março. Quase dois meses depois, nos bairros Serradinho e Nova Campo Grande a reclamação ainda era sobre a falta de manutenção nas ruas. “Vemos que os serviços públicos não chegam nestes locais, com vias intransitáveis, iluminação precária, lixo e mato alto tomando conta de tudo”, disse o vereador João Rocha (PSDB), apontando também a praça de lazer e esportes abandonada no Nova Campo Grande.

O parlamentar também reclamou da merenda. “Na escola Sebastião Lima, no Serradinho, faltam frutas, verduras e carnes. Só tem arroz e feijão”. Porém, notaram serviços que foram feitos a partir das vistorias anteriores. Havia remédio, vacina e médico no posto de saúde da região. E um vazamento de água na Avenida 7, do Jardim Carioca, foi resolvido após indicação do Legislativo. Ao lado do presidente da casa de leis estavam também Ayrton Araújo (PT) e Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PTB).

Câmara Comunitária – Ao todo, o projeto já gerou mais de 60 indicações ao Executivo e chegou hoje à sétima edição. Na próxima terça-feira (10), o presidente da casa, vereador João Rocha apresentará durante a sessão o balanço das ações. Conforme ele, as blitze surpresa continuam, sempre nas manhãs de quarta-feira, e deve retornar a outros lugares já vistoriados para conferir o que mudou.

 Campo Grande News
Postado por: Ygor Mendes Iavdosciac

Saúde recebe nove mil doses de vacina e espera novo lote na semana que vem

Primeiro lote encaminhado a Dourados acabou no sábado e vacinação está suspensa desde segunda; município tem como meta imunizar 66 mil pessoas contra a influenza

Campanha começou sábado em Dourados, mas foi suspensa por falta de vacina (Foto: A. Frota/Divulgação)
Campanha começou sábado em Dourados, mas foi suspensa por falta de vacina (Foto: A. Frota/Divulgação)
Suspensa desde segunda-feira (2) por falta de vacina, a campanha de imunização contra a influenza começa a ser retomada hoje (4) nas unidades de saúde dos bairros de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.
As doses enviadas na semana passada acabaram ainda no sábado, “Dia D” da campanha. Em todo o país, o Ministério da Saúdeencaminhou aos Estados apenas 40% da quantidade prevista para atender o público-alvo da campanha.
De acordo coma Secretaria de Saúde de Dourados, ontem o Estado enviou mais nove mil doses ao município e as vacinas estão sendo distribuídas hoje aos postos de saúde.
A retomada da imunização ocorre gradativamente, conforme as unidades forem recebendo as doses. A entrega deve ser concluída até sexta-feira à tarde. Esses dois lotes são suficientes para atender a demanda até segunda-feira (9).
Ainda conforme a Secretaria de Saúde, uma nova remessa do Ministério da Saúde com o restante das doses para atender a demanda de Dourados está sendo esperada para o dia 13 deste mês.
Em Dourados, o objetivo da campanha é vacinar pelo menos 80% das 66 mil pessoas que formam os grupos considerados de risco.
Devem receber a dose as crianças a partir de seis meses até menores de cinco anos de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, povos indígenas a partir de seis meses de idade e idosos acima de 60 anos de idade.
Profissionais da saúde, pessoas com doenças crônicas, jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional também podem tomar a vacina.
Campo Grande News
Postado por: Ygor Mendes Iavdosciac.

Cobertura vacinal em MS ainda é subnotificada, explica Saúde


Nesta quarta-feira, cobertura é de 30%, em MS.
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul informou, por meio da assessoria de imprensa, que o índice baixo de cobertura vacinal informado nesta terça-feira (03) pelo Ministério da Saúde se deve às dificuldades de municípios em atualizarem o sistema.
Mato Grosso do Sul, conforme tabela informada pelo Ministério, figura como a segunda Unidade da Federação com o menor índice: 20,6%, atrás somente de Roraima, 19,6%. A média nacional, na ocasião de fechamento dos dados, era de 43% da população prioritária, que são profissionais desaúde, crianças entre seis meses e cinco anos incompletos, gestantes, indígenas, pessoas com doenças crônicas e as privadas de liberdade. O total de doses destinadas ao Estado para a campanha de 2016 é de 722.200, mas ainda são esperados 30% deste volume.
Os dados atualizados nesta quarta-feira (04) pelo Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações já apontam 30,27% de cobertura em Mato Grosso do Sul. Entre o público prioritário, a maior taxa de cobertura é de puérperas (40,35%), seguidas de profissionais de saúde (37,97%). A cobertura vacinal de indígenas é a menor (5,29%). Um dos exemplos mencionados pela SES é justamente Dourados, que concentra uma das maiores reservas indíginas, município em que há defasagem de pessoal para a alimentação dos bancos com agilidade, após as ações de vacinação nos polos.
Campo Grande News
Postado por: Ygor Mendes Iavdosciac

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Começa em SP a terceira fase de testes da vacina contra a dengue


O Instituto Butantan, em São Paulo, começou a terceira fase de testes de uma vacina contra a dengue. Dezessete mil voluntários vão receber a dose única.

Parte dos voluntários, da última fase de testes da vacina contra a dengue, recebeu a dose no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ao todo, 17 mil pessoas, de 13 cidades das cinco regiões do país, participarão dos testes.

Poderão ser voluntárias, pessoas de dois a 59 anos, saudáveis, que tenham tido dengue ou não. Dois terços delas vão receber a vacina e o restante, placebo, que é uma substância sem efeito.

Se os resultados forem positivos, como esperam os pesquisadores, o Brasil poderá produzir as doses para imunizar cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo.

Em um contrato assinado na segunda-feira (22), o Governo Federal se compromete a investir R$ 100 milhões nesta fase, que deve durar um ano. O custo total está orçado em R$ 300 milhões e a outra parte dos recursos pode vir do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do BNDES.


As pesquisas vão além. O Butantan já estuda transformar a vacina contra a dengue para que ela previna também o vírus da zika. Em outra frente, os cientistas trabalham em uma vacina exclusiva contra a doença e uma terceira opção é desenvolver um soro para tratar pacientes com zika. Para isso, o instituto recebeu ainda R$ 8,5 milhões.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Butantan cobra verbas e diz que em três anos pode ter vacina contra zika

Sob pressão da sociedade brasileira e diante de uma missão crucial em meio à epidemia de zika vírus, Jorge Kalil, presidente do Instituto Butantan, um dos principais centros que buscam a vacina contra o vírus, diz que até agora não recebeu recursos do Ministério da Saúde para bancar o projeto.
Segundo o imunologista seriam necessários R$ 30 milhões para esta fase inicial do trabalho que poderia ser concluído em até três anos, mas apesar dos anúncios feitos no dia 15 de janeiro, quando o laboratório recebeu a visita do ministro da Saúde, Marcelo Castro, até agora não houve repasses.
"O início do projeto é bem mais barato. Ele começa a ficar caro bem mais tarde. No começo, com R$ 30 milhões já avançaríamos muito. Isso não é nada. Tem compras que o Governo Federal faz de anticorpos no valor de R$ 1 bilhão", explica.
Na noite de quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff relembrou, em pronunciamento nacional, que ainda não existe vacina contra o zika vírus, e exortou a população a aderir ao que classificou como uma "luta urgente" contra oAedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
Para Kalil, é necessário que a retórica se transforme em ações concretas. "Eu acho que no Brasil se fala muito se faz pouco. Eu acho que tinham que arrumar o dinheiro e deixar os cientistas trabalharem", diz, acrescentando que também há atraso no recebimento de R$ 300 milhões referentes à última fase de testes da vacina contra a dengue.
As verbas da vacina da dengue são compartilhadas pelo governo do Estado de São Paulo e o Governo Federal.
Consultado pela BBC Brasil, o Ministério da Saúde disse, por meio de nota, que o pré-projeto da vacina contra o zika vírus só foi enviado pelo laboratório após reunião realizada no dia 15 de janeiro.
"Todo esse processo está sendo acompanhado pela direção do Instituto Butantan e o documento vai prever ainda recursos para a fase final da vacina contra a dengue", acrescenta a nota, destacando que o órgão repassa ao instituto o equivalente a R$ 1 bilhão por ano para aquisição de vacinas e soros, além dos valores de investimentos em tecnologia.
Quanto ao valor de R$ 30 milhões citado por Kalil, o Ministério da Saúde disse que "qualquer investimento público em tecnologia deve seguir um trâmite e isso está sendo feito com muita agilidade, devido à prioridade do tema, mas que os valores só poderão ser divulgados na conclusão do projeto".
Já o governo do Estado de São Paulo informou à BBC Brasil, também por meio de nota, que não faltarão recursos estaduais para os testes clínicos e demais etapas de desenvolvimento da vacina da dengue.
"Tanto que, no primeiro semestre de 2015, o governo paulista encaminhou à Anvisa pedido para antecipar a fase 3 dos testes clínicos, visando acelerar o processo e disponibilizar a vacina para campanhas de imunização em massa no Brasil o quanto antes. Entretanto o órgão federal somente aprovou esta solicitação em dezembro", acrescenta a nota.
Veja os principais trechos da entrevista:
BBC Brasil – Em que estágio se encontra a busca pela vacina contra o zika vírus no Instituto Butantan? Há parcerias com outras instituições?
Jorge Kalil – O trabalho se encontra em estágio inicial. Trabalhamos há muitos anos com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), e com o Instituto Pasteur, de Paris, e para algumas coisas que eu quero fazer nós também vamos colaborar com o Laboratório Federal de Los Alamos, que fica nos EUA. Existem várias linhas de atuação que nós queremos trabalhar. Uma é a vacina, que tem várias maneiras de fazer, a segunda é a produção de anticorpos, que podem servir tanto para tratamento quanto para diagnóstico. Também atuamos na busca por um teste sorológico, e uma quarta linha de atuação, com a George Washington University, também dos EUA, trabalha na história natural da doença.
Esta última frente busca responder perguntas importantes. Temos que saber como esse vírus chega e desperta uma resposta imune, e sabemos que tem pouco vírus no sangue, e por pouco tempo. E depois? O vírus ainda fica no corpo da pessoa? No caso das mulheres, como é que transmite para a placenta? Quanto tempo o vírus fica no corpo até ser completamente eliminado? Várias perguntas que temos que fazer e que não vão resultar num produto imediato mas vão guiar os produtos que nós temos que fazer.
BBC Brasil – O Instituto Butantan está ligado ao Estado de São Paulo. Mas quais são as fontes de financiamento para os projetos? O senhor já recebeu recursos do Ministério da Saúde para acelerar a vacina contra o zika vírus?

Kalil – Na verdade recebemos muito pouco recurso do Estado de São Paulo. Nos inscrevemos em financiamentos de pesquisa, sejam da Fapesp, BNDES, Finep, e agora o Ministério da Saúde prometeu que vai dar recursos diretamente para o Butantan para desenvolver muitos desses projetos contra o zika, e o ministro Marcelo Castro me prometeu que não faltarão recursos para que a gente faça essas pesquisas, mas por enquanto ainda não chegaram. Em relação aos recursos para a fase 3 da vacina de dengue, que inclui testar a vacina em 17 mil pessoas em 14 centros espalhados pelo país, no valor de R$ 300 milhões, por enquanto também não tenho nada, por enquanto só tenho promessas.
BBC Brasil – Há uma grande cobrança da sociedade brasileira sobre a busca pela vacina contra o zika, e o mundo está em alerta. Na sua opinião, o que emperra a liberação dos recursos necessários, apesar da situação emergencial?
Kalil - Eu estou trabalhando como eu posso, e tentando mostrar que a gente consegue fazer, apesar de todas essas adversidades. Agora, é muito complicado, e realmente tenho esperança de que o Ministério da Saúde vá desbloquear rapidamente este dinheiro. Mas o sistema é todo muito burocrático e muito lento, e muito politizado, o que é muito ruim, porque aí fica um monte de político prometendo e pouca gente fazendo.
Nós não temos capital de giro para executar todas essas frentes de trabalho. Estamos em plena produção de vacinas e temos que gastar primeiro, para depois receber. Eu preciso de agilidade para comprar insumos, contratar gente, comprar reagentes. E com o governo tudo é muito lento. Nós somos uma fábrica de vacinas, precisamos de agilidade para trabalhar, além de sermos um local onde se faz pesquisa, claro.
Precisamos de muita saúde financeira para fazer esses projetos da dengue e do zika, que são de interesse fundamental para o país e para a sociedade brasileira, e se não recebermos, vai atrasar. Nós produzimos grande parte dos soros e das vacinas do Brasil, que são tão importantes para as pessoas.
Tenho que comprar cavalos para imunizar, para fazer os antissoros. É muita coisa, e precisamos de dinheiro, não tem outra forma. Assim como para a fase 3 da dengue, eu tenho que ter recursos, senão esses projetos não vão andar.
BBC Brasil – É correto afirmar que o trabalho na busca pela vacina contra o zika vírus está parado, então, no Instituto Butantan?
Kalil - Parado não está, eu estou fazendo as coisas que dá para fazer. Fazendo isolados dos vírus, cultivando o vírus. Agora para eu cultivar o vírus em grandes quantidades eu tenho que ter dinheiro, porque os volumes se tornam maiores. O que eu posso fazer em volumes iniciais, menores, já estou fazendo.
BBC Brasil – De que valores estamos falando para que o projeto deslanche?
Kalil – O início do projeto é bem mais barato. Ele começa a ficar caro bem mais tarde. No começo, com R$ 30 milhões já avançaríamos muito. Depois, quando começam os ensaios clínicos, é que fica mais caro. Isso não é nada. Tem compras que o Governo Federal faz de anticorpos no valor de R$ 1 bilhão. A gente precisa desses R$ 30 milhões para começar o trabalho da vacina de zika e dos R$ 300 milhões para a terminar a vacina da dengue, e espero que esses recursos não atrasem. O Ministério da Saúde prometeu entregar.
BBC Brasil – Qual é a importância de não atrasar a fase final da vacina da dengue? Há aspectos da imunização que podem ser aproveitados para a vacina contra o zika vírus?
Kalil - Muita coisa pode ser aproveitada, porque os vírus são muito parecidos. Talvez a gente possa até fazer uma vacina de zika parecida com a da dengue. Utilizar até o vírus atenuado da dengue, inserir o gene que codifica para a proteína do envelope do zika e já termos a vacina em boa parte já feita, mas este trabalho já está atrasado por falta de recursos. Está tudo pronto, a vacina está pronta, mas falta a fase final de testes. Eu já tinha que estar vacinando, mas ainda não comecei a imunizar as pessoas. Temos os lotes de vacinas prontos, mas estamos esperando o recurso para a etapa clínica.
BBC Brasil – Quais são as estimativas realistas para que as duas vacinas cheguem à população, de fato? Tanto a de dengue como a de zika?

Kalil – Olha, eu acho que se eu conseguir ter o dinheiro e imunizar rapidamente as pessoas durante este ano, quem sabe até o final do ano eu já consiga provar que a vacina de dengue funciona. Quanto à de zika, vai precisar de mais tempo. Eu sei que é importante informar a população, mas na ciência você consegue prever somente um pouco dos passos, não completamente. Tendo em vista a nossa experiência acumulada com dengue, eu diria que se tudo desse certo, em três anos eu teria uma vacina já aprovada para o zika.
BBC Brasil – Na corrida pela vacina, o Ministério da Saúde anunciou dias atrás que o trabalho ocorre em três instituições brasileiras: Instituto Butantan, em São Paulo, Instituto Evandro Chagas, no Pará, e na Bio-Manguinhos, que pertence ao sistema Fiocruz, no Rio de Janeiro. Os grupos trabalham em conjunto ou cada um desenvolve sua própria vacina?
Kalil – Cada um está trabalhando no seu projeto, eles estão fazendo coisas semelhantes, mas vamos ver quem chega primeiro. São abordagens diferentes, mas colaboramos sim. É algo concomitante, estamos todos tentando chegar na vacina, e temos que nos ajudar para que isso ocorra o mais rápido possível.
BBC Brasil – Como tem visto a maneira como as autoridades têm gerido a crise trazida pela epidemia de zika vírus e os casos de microcefalia? Houve críticas, por exemplo, a declarações do ministro da Saúde, quando se referiu que o Brasil estava "perdendo a luta contra o Aedes aegypti".
Kalil - Eu acho que no Brasil se fala muito e se faz pouco. Eu acho que tinham que arrumar o dinheiro e deixar os cientistas trabalharem. Sobre o que o ministro disse, que reclamaram muito, eu acho que ele tem razão em dizer isso. Por que cientista diz a verdade e político tem que mentir? Eu acho que ele foi criticado muito mais por conta de interesses políticos.