Novo lotes de vacina contra gripe chega a Santa Catarina
Procura nos postos de saúde provocou falta de doses nesta semana.
Estoque no estado deve ser normalizado na segunda (9), segundo Dive.
Um novo lote com vacinas contra a gripe chegou a Santa Catarina nesta sexta-feira (6). São 414 mil doses, o suficiente para vacinar 20% do público-alvo da campanha. Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), o estoque do estado deve estar normalizado até segunda (9), como mostrou o RBS Notícias.
A grande procura nos postos de saúde chegou a provocar falta de vacinas em cidades como Joinville, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Tubarão e Florianópolis. Isso ocorreu principalmente depois do "Dia D" da campanha de vacinação, no sábado (30), quando os postos ficaram abertos por mais tempo.
Algumas unidades de saúde da capital tiveram as geladeiras reabastecidas na tarde desta sexta. Do início da campanha até a noite desta sexta, mais da metade do grupo prioritário havia sido vacinado, de acordo com a Dive.
"Em duas semanas, nós já vacinamos 67% da população alvo. Normalmente, nós levamos 30 dias para vacinar em torno de 90%. Então, nós acreditamos que até o dia 20 de maio nós tenhamos passado essa meta do ano passado tranquilamente", disse a gerente de Imunização da Dive, Vanessa Vieira da Silva.
Gripe no estado
Santa Catarina registra 26 mortes por gripe A e B este ano, segundo o boletim mais recenteda Dive, divulgado na quinta (5). No estado, 140 pessoas foram hospitalizadas com a doença.
Santa Catarina registra 26 mortes por gripe A e B este ano, segundo o boletim mais recenteda Dive, divulgado na quinta (5). No estado, 140 pessoas foram hospitalizadas com a doença.
Dentre as 25 pessoas que morreram com gripe A, cinco eram moradoras de Blumenau, quatro de Araranguá, duas de Guaramirim, duas de São José, duas de Joinville e uma em cada um destes municípios: Brusque, Lages, Sombrio, Balneário Barra do Sul, Orleans, Florianópolis, Praia Grande, Penha, São Martinho e Rio dos Cedros. Em Jaraguá do Sul, houve a morte por gripe B.
Das 26 mortes, 22 foram de pacientes que tinham algum fator de risco associado, como doença crônica, obesidade e idade avançada.
A gerente enfatizou que aqueles que têm doença crônica devem tomar a vacina. "83% dos óbitos estão entre pessoas com comorbidades [duas ou mais doenças no mesmo paciente]. São aquelas pessoas que têm doenças crônicas, que têm direito à vacina, que precisam se vacinar e que são o grupo que menos procura a vacinação neste momento".
Somente casos graves são notificados
À primeira vista, o índice de mortalidade de gripe A e B pode parecer elevado, mas é preciso considerar que todos os casos monitorados e divulgados pela Dive são de pacientes graves, explicou o superintendente da Dive, Fábio Gaudenzi.
À primeira vista, o índice de mortalidade de gripe A e B pode parecer elevado, mas é preciso considerar que todos os casos monitorados e divulgados pela Dive são de pacientes graves, explicou o superintendente da Dive, Fábio Gaudenzi.
É por essa razão que as gripes A e B têm, proporcionalmente, um número maior de mortes em comparação, por exemplo, com a dengue. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também é monitorada pela Dive, mas de uma forma diferente.
"Na dengue, todo caso suspeito é notificado. A maioria são casos leves, que não necessitam de internação, [a doença] tem uma quantidade pequena de casos graves", explicou Gaudenzi.
"No caso da Influenza, a Dive não monitora todos os casos de gripe, só os casos graves, de pacientes que estão internados. Precisa ter febre, tosse, dor de garganta e estar internado. Proporcionalmente, tem um número maior de óbitos", continuou o superintendente.
G1GLOBO
Postado por: Ygor I. Mendes
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