segunda-feira, 4 de maio de 2015

Vacinação contra gripe começa em todo país; grávidas e idosos devem tomar

Do UOL, em São Paulo
 
Brasileiros que fazem parte dos chamados grupos prioritários --crianças (entre seis meses e cinco anos), idosos (a partir de 60 anos), gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias), indígenas, funcionários do sistema prisional e detentos, pessoas com doenças crônicas e os profissionais de saúde pública-- poderão tomar a partir desta segunda-feira (4) a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, na rede pública de saúde. A campanha vai até 22 de maio. A vacina é contra a gripe A H1N1, da pandemia de 2009, e outros dois tipos do vírus influenza, o A (H3N2) e o B.  Além delas, também estarão disponíveis vacinas contra difteria e tétano e a pneumocócica 23-valente, contra pneumonia, meningite e bacteremia/septicemia (infecção generalizada do sangue). Estas são para idosos hospitalizados ou que moram em asilos e casas de repouso e pessoa com doenças crônicas (cardiovasculares, pulmonares, renais, diabetes mellitus, hepáticas e hemoglobinopatias) ou imunodeprimidas (transplantados, com neoplasias e infectados pelo HIV), que devem levar uma prescrição médica especificando o motivo da indicação da dose. Serão disponibilizadas 54 milhões de doses para a imunização de 49,7 milhões de pessoas. Segundo o ministro da Saúde, não faltará dose em nenhum posto de saúde brasileiro. Em razão das temperaturas mais baixas registradas na região Sul, alguns postos em Caxias (RS) e em Uruguaiana (RS) ficaram sem vacina porque, segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, esperavam receber número reduzido de pessoas em busca da imunização. "É uma acomodação do processo de vacinação, mas todos os 49 milhões de brasileiros têm a sua vacina garantida", disse.   "A vacinação contra o Influenza é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe e doenças graves, como pneumonia", afirma Helena Sato, diretora de Imunização da secretaria de Saúde de São Paulo, que pretende vacinar 11,8 milhões de paulistas, ou 80% das 14,7 milhões de pessoas que são o público-alvo da campanha. Segundo ela, a vacina, produzida pelo Instituto Butantan, órgão ligado à pasta, não causa gripe, pois "é composta apenas de partículas do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção". "A vacinação é extremamente segura. Há um alerta apenas para pessoa com alergia a ovo de forma severa e que devem procurar o médico para ter orientação adequada", ressaltou Chioro. Neste ano, o Dia D da campanha será no sábado (9), das 8h às 17h. De segunda a sexta, os postos de saúde fixos ficarão abertos no mesmo horário. É importante levar aos postos de saúde o cartão de vacinação e um documento de identificação. Após a aplicação da dose podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema (sinal clínico, presente em várias patologias, caracterizado por uma coloração avermelhada da pele ocasionada por vasodilatação e enrijecimento. Os efeitos costumam passar em 48 horas. A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, ao tossir ou ao espirrar. A doença também pode ser transmitida pelas mãos e objetos contaminados.   Os sintomas da gripe incluem febre, tosse ou dor na garganta, além de dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por sintomas como falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. (Com Agência Brasil)
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Mitos e verdades sobre vacinas15 fotos

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Vacina pode ter efeitos colaterais. VERDADE: Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, mas incapaz de transmitir a enfermidade. Em casos mais extremos, porém muito raros, pode causar choque anafilático Thinkstock
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Veja sintomas, formas de prevenção e outras informações sobre a gripe A (H1N1)13 fotos

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O QUE É - A influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O surgimento da doença foi registrado inicialmente em 2009, no México, e o vírus ainda circula no mundo todo CDC

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sábado, 25 de abril de 2015

Vacina contra doença que mata uma criança por minuto chega a fase final de testes

  • 24 abril 2015
Malária mata mais de 500 mil crianças por ano no mundo - o equivalente a uma a cada minuto
Novos testes de uma vacina contra a malária produziu resultados animadores chegando à fase final de testes – a primeira a atingir este estágio – mas também produziu demonstrações de desapontamento com o grau de efetividade aquém do ideal.
Nos experimentos, a droga RTS,S/AS01 ofereceu proteção parcial a um grupo de 16 mil crianças de sete países africanos. Mas não foi efetiva em bebês de até três meses de idade, afirmaram os autores do estudo na revista científica britânica The Lancet.
A malária mata mais de 500 mil crianças no mundo, o equivalente a uma a cada minuto.
No Brasil, segundo a OMS, o número de casos de malária tem diminuído, tendo sido registrados em 2014, 178 mil casos, que levaram a 41 mortes.
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Apesar do desempenho limitado, os cientistas salientaram que a droga é a vacina estágio clínico mais avançado disponível.
"O desenvolvimento desta vacina continua sendo importante", disse o coordenador do grupo de trabalho sobre malária da organização Médicos Sem Fronteiras, Martin de Smet.
"Posso ver o uso dessa vacina especialmente nos países onde a malária é um mal permanente, onde as crianças têm em média cinco, seis, sete episódios de malária por ano.
Assim, mesmo que vacina ofereça, digamos 30% de proteção, se você traduzir isto em número de crianças salvas e em número de episódios de malária evitados, claro que (a vacina) é uma contribuição significativa para o controle da malária", afirmou o especialista.
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Mas ele afirmou que os resultados são "desapontadores". "Tínhamos muita expectativa em relação a essa vacina e o nível de proteção que ela proveria. Está sem dúvida abaixo do que esperávamos."
Ciclo do parasita transmitido pelo mosquito é complexo e resiste ao sistema imunológico humano

Proteção parcial

Quase 9 mil crianças entre 5 e 17 meses de idade e 6,5 mil bebês entre 6 e 12 semanas receberam a vacina em sete países africanos (Burkina Faso, Gabão, Gana, Quênia, Malauí, Moçambique e Tanzânia) entre março de 2009 e janeiro de 2011. Elas foram acompanhadas até o início de 2014.
Segundo os dados publicados no Lancet, a droga protegeu um terço das crianças vacinadas no experimento.
Após receber três doses da droga, os níveis de efetividade em crianças mais velhas chegaram a 46%. Mas os efeitos em bebês foram menos significativos, afirmaram os cientistas.
Pesquisadores buscam uma vacina contra a malária, transmitida pela picada do mosquito, há 20 anos. Atualmente não existe nenhuma vacina aprovada contra a doença.
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O autor do estudo, Brian Greenwood, da Escola de Higiente e Medicina Tropical de Londres, reconheceu que dificilmente os níveis de efetividade da vacina contra a malária se compararão aos da droga para prevenir o sarampo, que chegam a 97%.
O parasita da malária tem um ciclo de vida complexo e ao longo dos séculos aprendeu a resistir ao sistema imunológico humano.
A agência europeia de medicina vai revisar os dados e, se for aprovada, a vacina poderia receber autorização para produção comercial. A Organização Mundial da Saúde pode recomentar seu uso em outubro.
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Ceticismo

Alguns cientistas receberam o resultado dos testes com reserva.
Para o professor Adrian Hill, da Universidade de Oxford, a droga é um "marco", mas deixa muitas questões em aberto.
"Pelo fato de a vacina ter um efeito tão curto, o reforço é importante - mas não tem a mesma efetividade das primeiras doses", afirmou.
"Mais preocupante é o indício de um repique na propensão a malária: após 20 meses, as crianças vacinadas que não receberam o reforço tiveram um aumento no risco de contrair malária grave nos 27 meses seguintes, comparadas com as crianças não-vacinadas."
Outros especialistas pediram que o custeio da vacina não implique reduções de investimento em medidas preventivas, como a distribuição de redes anti-mosquito.

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