segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

 Sistema imunológico forte pode evitar o Mal de Alzheimer


10 de junho de 2005 


Cientistas americanos descobriram que um dos principais fatores que originam o Mal de Alzheimer É UMA FALHA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO que elimina os resíduos da proteína BETA-AMILÓIDE.
Segundo os pesquisadores da Universidade da Califórnia, essa descoberta poderia ajudar no diagnóstico precoce e no tratamento da doença, que é progressiva e incurável.

O fortalecimento do sistema imunológico de cada pessoa pode ser a melhor defesa contra o envelhecimento cerebral e o Mal de Alzheimer, afirmaram os cientistas, em um estudo divulgado nesta sexta-feira pela revista Journal of Alzheimer's Disease.

Os cientistas explicaram que quando o sistema imunológico falha e não pode eliminar os resíduos, estes começam a formar as placas amilóides, principal indício da doença.

Através da análise de amostras de sangue, os pesquisadores descobriram que em pessoas saudáveis as células do sistema chamadas "macrófagos" eliminavam os resíduos de beta-amilóides.

No entanto, em pessoas que já tinham o diagnóstico de Mal de Alzheimer, esses "macrófagos" não faziam sua tarefa de limpeza do sistema.

Segundo Milan Fiala, diretor do estudo, é possível que os MACRÓFAGOS não se liguem aos AMILÓIDES ou que haja um problema na fagocitose (absorção da partícula pela célula).

O problema também poderia aparecer em outras doenças em que acontece uma acumulação de placas amilóides, como nas cardiovasculares, afirmou.

"Se os estudos posteriores demonstrarem que realmente existe este problema de função macrofágica na maioria dos pacientes de Alzheimer, seria possível conceber novas estratégias hormonais ou de fortalecimento do sistema imunológico", disse Fiala.


O Mal de Alzheimer geralmente afeta idosos por volta de 65 anos e começa a se manifestar através das dificuldades de aprendizagem e memória, até degenerar em demência e levar o paciente à morte.
EFE
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Juliana Paes deixa a maternidade com Pedro: "Começo a falar e choro, é muito bom"

Atriz posou para fotos ao lado do filho e do marido, Carlos Eduardo Baptista
Ana Paula Bazolli
 Wagner Santos
Juliana Paes deixou neste sábado (18) a maternidade Perinatal, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, onde deu à luz na quinta-feira (16) seu primeiro filho, Pedro, do relacionamento com Carlos Eduardo Baptista.
"Começo a falar e choro. Não tem explicação, é muito bom", contou ela, emocionada. "O danadinho estava enrolado e acabou vindo antes. É tudo muito maravilhoso, estou doida para chegar logo em casa", completou.
Mamãe "experiente"
"Estou tranquila, já tive experiência com os meus sobrinhos. Essa coisa de limpar e de cuidar eu não tenho medo, mas é tudo novidade. Quando é seu, é tudo diferente. Eu nem consigo olhar para outros lugares, só para ele, estou hipnotizada", explicou.
A mãe da atriz, Regina, também comentou a habilidade da filha nos cuidados com Pedro. "Estou radiante, vou ficar na casa dela os dois primeiros meses. Ela está super bem, tem prática com os sobrinhos e está tirando de letra", elogiou.

Editora Globo
Pai babão
O empresário Carlos Eduardo Baptista, marido de Juliana, também falou sobre a emoção de ter um filho. "Todo mundo falava como era, mas só você sentindo. Quando saiu e eu ouvi ele chorar, caí em lágrimas. Ainda não sei com quem ele se parece, é uma mistura dos dois. Ainda não tenho muita prática mas estamos aprendendo juntos, isso é muito bom", comentou.
Guerreira
Pouco antes de Juliana deixar o local, a médica que acompanhou seu parto, Elisabeth Martins, conversou com a imprensa.
“Juliana está ótima, foi uma guerreira. Ela tentou até o final o parto normal, mas não deu mesmo. Mas está super bem e continua como sempre: linda por dentro e por fora. É uma mãe dedicada, está amamentando muito bem e tranqüila. Juliana vai ter mais filhos com certeza. Ela chorou muito durante o parto, assim como o Dudu. O bebê é lindo, bem branquinho”, comentou.
Editora Globo
Pedro nasceu às 13h48 com 53 cm e 3,665 kg. Inicialmente, a criança viria ao mundo de parto normal, mas foi necessária a realização de uma cesariana.
Após o nascimento do neto, Carlos Henrique Paes, pai de Juliana, desceu ao saguão do hospital para confirmar o nascimento, informado em primeira mão por QUEM, para a imprensa.
Durante os dias em que esteve na maternidade, a atriz recebeu a visita da mãe, Regina, do pai, Carlos, dos sobrinhos Gabriel e Larissa, e das irmãs, Mariana e Rosana e de amigas como Juliana Knust e Danielle Suzuki.
Editora Globo
Os parentes e amigos que forem visitar o bebê receberam como lembrancinhas balinhas em um pequeno bercinho. A lembrança distribuída para as visitas era decorada com detalhes em verde e ursinhos, assim como quarto onde a atriz ficou internada.
"Pedro está super saudável, é muito grande mesmo, nasceu comprido, lembra mais a mamãe", disse dona Regina. " Os olhos são da Juliana com a boca do pai, disse o assistente pessoal da atriz, Vander.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Países fecham acordo e cúpula do clima surpreende

Reunião termina com a criação de Fundo Verde e de mecanismo de compensação financeira para quem preservar suas florestas

Afra Balazina - O Estado de S.Paulo

Com protestos da Bolívia, os quase 200 países reunidos na Conferência do Clima da ONU (COP-16), em Cancún, no México, aprovaram no encerramento da reunião, na madrugada de ontem, um pacote para combater o aquecimento global no mundo.
Henry Romero/Reuters
Henry Romero/Reuters
 
Marco. Euforia da ministra mexicana Patricia Espinosa (à esq.) e Christiana Figueres, da ONU
Entre as decisões está a criação de um Fundo Verde para permitir que os países em desenvolvimento recebam recursos das nações industrializadas para poderem reduzir suas emissões de CO2. Também foi estabelecido o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd), relevante para países com florestas, como o Brasil. Por meio dele, pode haver a compensação financeira para quem mantiver suas matas.
As medidas não têm a ambição considerada necessária para resolver o problema. O resultado, porém, foi visto como importante para a manutenção das negociações multilaterais e como um passo fundamental em direção ao fechamento de um acordo com valor jurídico no futuro.
Para a Bolívia, porém, as decisões do chamado Acordo de Cancún representam um recuo em vez de um avanço. O embaixador Pablo Solón, representante boliviano, declarou que as medidas permitirão um aumento da temperatura de até 4º C - os cientistas avaliam que para evitar os perigos das mudanças climáticas é necessário limitar a elevação a 2ºC. Solón tentou bloquear a adoção do acordo ao alegar falta de consenso.
"Consenso não significa unanimidade", respondeu Patrícia Espinosa, presidente da COP-16 e ministra das Relações Exteriores do México. E bateu o martelo, anunciando a decisão de adotar o acordo.
Fantasma. As expectativas para a reunião no México estavam baixas depois do fracasso em 2009, em Copenhague. Há tempos que se falava em obter um pacote de decisões e não se esperava que houvesse um acordo legalmente vinculante em Cancún - o que deveria ter ocorrido na COP-15. Ainda não se sabe se será possível alcançar o tratado com valor jurídico na COP-17, em Durban, África do Sul.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, deu 7,5 de nota para a conclusão alcançada e classificou o documento como "equilibrado, embora não seja perfeito". Ela gostaria que tivesse sido definido o segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, o que não ocorreu. O primeiro período se encerra em 2012. "Mas temos de entender que tudo tem um momento", disse.
Os países concordaram, porém, em evitar uma interrupção das metas de corte de emissões de gases-estufa. Ou seja, as nações precisam definir antes de 2012 a adoção de novas metas.
O ambiente no hotel Moon Palace, sede da COP-16, era muito menos tenso que o do Bella Center, em Copenhague, em 2009. Houve poucos protestos e a presidente da COP-16 foi ovacionada algumas vezes na última madrugada de negociações.
Além de ter sido aplaudida de pé pelos representantes dos países, foi elogiada insistentemente pela forma como conduziu o processo. Ela tomou extremo cuidado para que a negociação acontecesse da forma mais transparente possível, para evitar a falta de confiança entre os países observada no ano passado, quando vários textos secretos circulavam e reuniões fechadas entre poucas nações irritavam as que não haviam sido convidadas.
"Graças à boa vontade de vocês, a confiança voltou, a esperança voltou", afirmou o presidente do México, Felipe Calderón, que chegou à reunião às 3h30 e fez um discurso.
Estados Unidos. Geralmente o vilão das negociações climáticas - por não ter ratificado o Protocolo de Kyoto e ser o maior emissor histórico de gases-estufa do mundo -, os Estados Unidos foram aplaudidos ontem quando Todd Stern, enviado especial do país para a mudança climática, afirmou na plenária: "Vamos fazer esse acordo". A China, que é a maior emissora atual de CO2, também apoiou o documento e disse que continuará o esforço para o desenvolvimento limpo.
Connie Hedegaard, comissária da União Europeia para clima, contou que tinha medo de que nada fosse feito. "Podemos ter orgulho do que conseguimos, mas temos muitos desafios no caminho para a África do Sul", disse Connie.

NEGOCIADORES
Pessoas que se destacaram durante a conferência:
Patricia Espinosa
Presidente da COP-16, é ministra das Relações Exteriores do México. Ovacionada pelos representantes dos países três vezes na sexta, foi chamada "transparente". A forma como conduziu a reunião foi muito elogiada.
Christiana Figueres
A costa-riquenha é a secretária executiva da convenção. Teve participação discreta, se comparada ao antecessor, Yvo de Boer. Chamou menos a atenção e falou pouco com a imprensa.
Pablo Solón
Embaixador da Bolívia, é figura polêmica. Foi vaiado em uma plenária, bloqueou as negociações. É adepto do tudo ou nada.
Jairam Ramesh
O ministro indiano do Meio Ambiente parecia um astro pop, sempre cercado de jornalistas. Ganhou a simpatia dos EUA, Japão e Europa por sua liderança entre os países emergentes.

PARA ENTENDER
1.Limite de temperatura
O documento assinado na COP-16 reconhece a necessidade de cortar as emissões para limitar a elevação da temperatura a 2° C. Também diz que deve ser feita uma revisão desse objetivo para que o limite seja reduzido a 1,5° C. A análise deve começar em 2013 e ser concluída em 2015.
2.Fundo Verde
O texto cria o Fundo Verde, que será administrado pela Organização das Nações Unidas. O tesoureiro interino será o Banco Mundial, por um período de pelo menos três anos.
3.Financiamento de curto prazo
No chamado Fast Start Finance, os países desenvolvidos deverão desembolsar US$ 30 bilhões até 2012. Os recursos serão divididos em mitigação (corte de emissões) e adaptação (para os países se prepararem para as alterações climáticas). A prioridade dos recursos será para países mais vulneráveis, como as nações-ilhas e a África.
4.Financiamento de longo prazo
O documento reconhece que os países industrializados têm de mobilizar US$ 100 bilhões ao ano até 2020 para atender as necessidades dos países em desenvolvimento.
5.Desmatamento
Estabelece o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd), que visa compensar os países emergentes que preservam suas florestas.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Descoberta de nova bactéria revoluciona concepção sobre a vida

A descoberta da bactéria GFAJ-1 é importante por se tratar de um organismo diferente de todos os outros

A definição de vida ficou mais complexa depois que a Nasa (agência espacial dos EUA) e a revista Science anunciaram ontem a descoberta de um micro-organismo capaz de se desenvolver e se reproduzir utilizando arsênio, um elemento químico tóxico para a maioria dos seres vivos. Além de mudar a compreensão sobre a vida na Terra, a descoberta também expande o horizonte para a busca de vida extraterrestre.

> Confira algumas descobertas e experiências da biologia e da genética que revolucionaram o mundo

Todas as formas de vida conhecidas até hoje — plantas, animais e micro-organismos — dependem de seis elementos químicos para construir as moléculas que compõem seus corpos: oxigênio, hidrogênio, carbono, fósforo, enxofre e nitrogênio. A bactéria descoberta pela equipe de cientistas liderada por Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Pesquisa Geológica dos EUA e do Instituto de Astrobiologia da Nasa, é a primeira exceção à regra, substituindo o fósforo pela arsênio.

Clique na imagem abaixo e confira por que o
micro-organismo recém-descoberto se diferencia
do restante dos seres vivos do planeta



Não é pouca coisa: o fósforo faz parte da estrutura do DNA, o ácido que fornece as características genéticas dos seres vivos. Ele forma o que se poderia considerar o esqueleto que sustenta a ligação para as quatro bases nitrogenadas do DNA — timina, adenina, guanina e citosina. Além disso, é um componente do ATP, a molécula usada para transportar energia no metabolismo celular.

— Na prática, caiu por terra aquele paradigma da ciência de que todos os seres vivos que conhecemos descendem de um ancestral comum — diz Renata Medina da Silva, professora e pesquisadora em microbiologia da Faculdade de Biociências da PUCRS (veja entrevista na edição de Zero Hora desta sexta-feira).


Encontrada pela Nasa em lago da Califórnia, bactéria que se nutre de elemento tóxico revoluciona conceitos científicos
Foto: David McNew, Getty Images, AFP, 22/06/2000


A “dieta” já incluía o arsênio

Todos os seres vivos conhecidos até hoje dividiam-se em três grandes grupos, ou reinos: as bactérias, os eucariontes (onde se incluem as plantas e os animais) e as archaea (uma forma semelhante à bactéria, mas que adquiriu também características dos eucariontes). Todas, no entanto, têm a mesma estrutura de DNA. Essa nova bactéria é a primeira que foge dessa característica e pode ter um ancestral diferente.

A ideia de que o arsênio poderia substituir o fósforo não é nova. Já havia sido apresentada por Felisa e seus colegas Ariel Anbar, da Universidade Estadual do Arizona, e Paul Davies, que também assina o artigo na Science, em trabalho publicado em 2009. Mas é a primeira vez que um organismo com essas características é descoberto.

— Até hoje, formas de vida que utilizam o arsênio para construir células eram apenas teóricas. Agora, sabemos que existem — diz o cientista Carl Pilcher, também da Nasa.

Descoberta deve mudar forma de procurar vida fora do planeta Terra

Além de redefinir o conceito de vida, a descoberta de uma bactéria com uma forma de DNA diferente de todas as demais espécies da Terra, anunciada ontem por cientistas da Nasa, terá impacto para as missões espaciais. Isso porque foi derrubada a noção de que a natureza se vale apenas de um restrito grupo de moléculas e reações químicas entre milhões de opções disponíveis para formar a vida.

Os instrumentos das naves e sondas usadas nas missões de exploração de outros planetas, por exemplo, foram projetados para detectar um punhado de elementos e reações químicas conhecidas por caracterizar a existência de vida na Terra. As Vikings, que falharam ao encontrar vida em Marte em 1976, foram desenhadas antes da descoberta de formas de vida submarina que habitam em torno de fontes de calor submersas e nos vales secos da Antártica.

>> Leia a reportagem completa na edição de Zero Hora desta sexta-feira

Em mapa, veja onde ocorreu a descoberta:

Visualizar Nasa descobre nova bactéria em um mapa maior
ZERO HORA

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Censurar a internet é "estupidez", diz Lula em entrevista a blogueiros

É a 1ª vez durante o mandato que concede entrevista exclusiva a blogueiros.
Lula ressaltou a preocupação do governo com a liberdade de imprensa.

Débora Santos Do G1, em Brasília
Presidente Lula durante entrevista a blogueiros, no Palácio do PlanaltoPresidente Lula durante entrevista a blogueiros, no
Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (24), em entrevista a blogueiros, que considera “estupidez” qualquer projeto de lei que busque censurar a internet. Ele ressaltou a preocupação do governo com a liberdade de imprensa.
“Eu acho importante que as pessoas que estão acompanhando percebam claramente que nesse período do governo toda vez que falamos com alguém demos total liberdade para as pessoas perguntarem o que quiserem”, disse o presidente.
Esta é a primeira vez em quase oito anos de mandato o presidente Lula concede entrevista exclusiva a blogueiros. Participam do encontro, no Palácio do Planalto, os blogueiros Altamiro Borges, Altino Machado, Rodrigo Viana, Renato Rovai, Eduardo Guimarães, W. Barros, Pierre Lucena, Túlio Viana, José Augusto, Leandro Fortes.
Uma lista de convidados foi elaborada durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que aconteceu em São Paulo, em agosto, com a participação de 19 estados.
Questionado pelo blogueiro Renato Rovai sobre as políticas públicas para os meios de comunicação no Brasil, o presidente afirmou que os avanços nesta área dependem de correlações de forças políticas.
“Os avanços dos meios de comunicação e da imprensa depende da correlação de forças que você tem estabelecida na sociedade, dentro do Congresso Nacional. Eu acho que nós temos que ter pela frente o seguinte poderíamos ter feito mais. As reivindicações são sempre muito fortes – o que a é bom – mas as recusas também são muito fortes - o que é ruim”, afirmou Lula.
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, cerca de 1300 pessoas acompanham a entrevista que é transmitida pelo Blog do Planalto.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dilma deve se mudar hoje para a Granja do Torto

Estadão/PX


A presidenta eleita, Dilma Rousseff, passa o feriado de hoje em Porto Alegre com a família e, quando retornar a Brasília, o que deve ocorrer no fim do dia, já deve se instalar na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. 

O local será a residência de Dilma até a posse, no dia 1º de janeiro, quando ela se mudará para o Palácio da Alvorada. 

Na semana passada, enquanto a presidente eleita acompanhava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Seul, na Coreia do Sul, a mudança de Dilma foi transportada da casa onde ela morou durante o período da campanha, no Lago Sul de Brasília, para a granja, que fica a menos de 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes. 

A mãe e a tia de Dilma, que atualmente vivem em Belo Horizonte, vão morar com ela em Brasília. Ao se mudar para a Granja do Torto, Dilma Rousseff repete o que fez o presidente Lula em 2002, durante a transição. Lula também permaneceu na granja durante a reforma do Palácio da Alvorada, entre dezembro de 2004 e março de 2006. 

A Granja do Torto já foi a residência oficial de dois presidentes da República: João Goulart e João Baptista Figueiredo

domingo, 7 de novembro de 2010

Primeira-mãe: ‘A verdadeira Dilma Rousseff sou eu’

Dona Dilma Jane, mae da presidente Dilma Rousseff e sua irmã Dona Arilda. Foto: Alexandre Guzanshe. 05.11.2010 BRASÍLIA - A mãe da presidente eleita do Brasil continua sua vidinha pacata no Bairro São Luís, em Belo Horizonte. Dona Dilma Jane, miúda ao lado de Dilma Rousseff, se refere à filha como "Dilminha". Aos 86 anos, em entrevista por telefone, dona Dilma Jane contou que durante três anos, na década de 70, ela viajou todos os fins de semana para ver a filha no presídio em São Paulo. Tortura era assunto proibido nas visitas. Ao atender o telefonema e ao ser perguntada se era dona Dilma que estava falando, respondeu de pronto: "É a Dilma Rousseff. A verdadeira Dilma Rousseff sou eu, a Dilminha é Dilma Vana". (Leia também: Dilma vai contar com grande número de mulheres em ministérios e assessorias )
GLOBO - Dilma lhe deu muita preocupação?
DILMA JANE: Dilminha nunca me deu trabalho. Toda filha escuta a mãe. Só não escuta mais quando não precisa. As preocupações começaram quando ela foi defender o país contra a ditadura. Eu não sabia de nada. Só fiquei sabendo quando ela foi presa. Nunca falei nem pedi para ela deixar de fazer as coisas dela. Quando descobri, ela estava naquilo e presa.
GLOBO - Como foi conviver com a filha na prisão?
DILMA JANE: O primeiro mês, fiquei inteirinho em São Paulo. Mas tive que voltar para Belo Horizonte, porque tinha a minha outra filha, que era doente. Depois, durante três anos, eu viajava todo sábado de manhã para São Paulo e voltava no domingo. Eu levava mantimentos para que elas fizessem sua comida. Eu levava queijo, a Dilminha gostava muito. Também levava livros, só os que podia comprar, que eles autorizavam. Romances e livros técnicos.
GLOBO - Como era voltar e deixar a filha presa?
DILMA JANE: Voltava com o coração partido. Era como um calvário para as mães. Agora passou tudo, ficou pra trás, ela é a presidente do Brasil. Nunca pensei nisso!
GLOBO - Alguma vez viu o corpo da Dilma machucado pela tortura?
DILMA JANE: Nunca! Eu morreria se visse. Quando a reencontrei, a Dilminha tinha sido torturada por 21 dias. Mas não vão torturar a pessoa e mostrar as marcas para a mãe ver, né? Quando a gente se encontrava, não conversávamos sobre isso. Se ela falasse eu morria! A Dilma só falou sobre torturas depois. Eu procurava sempre fazer visitas alegres, contava causos da família, coisas que a divertissem, que dessem um toque diferente daquilo tudo.
GLOBO - Ficou magoada com a campanha?
DILMA JANE: Mágoa de jeito nenhum! Isso faz mal. Prefiro falar que acabou, passou. Agora vamos pensar só em coisas boas. Não têm o que fazer! Queriam ganhar com base na calúnia e difamação! Mentira não leva a nada, tanto que perderam. Quiseram botar até o Papa no meio. Não é brincadeira, não. Sobrou até para mim, disseram que eu não era católica. Falaram tanta besteira... Isso é tão simplório. Falar que a Dilminha matava criancinha? Que é isso? Falar uma asneira dessas... Parece que estamos na Idade Média. Amolaram bastante, mas agora estão calados. Não pegou.
Leia a entrevista completa na edição digital do GLOBO

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma se reúne com Palocci e Dutra no feriado de Finados

Publicada em 02/11/2010 às 12h02m
Isabel Braga - O Globo; Reuters
BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), está reunida desde o final da manhã desta terça-feira, feriado de Finados, em sua casa em Brasília com integrantes da sua equipe de transição, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Eles não falaram com a imprensa ao chegar ao local. ( Leia também: Jornais ingleses demonstram preocupação com governo Dilma )
Segundo assessoria de imprensa de Dilma, eles terão mais uma reunião para desenhar a agenda de transição do governo antes de a presidente eleita tirar alguns dias de folga. ( Lula não quer Palocci no Planalto e nem na equipe econômica; Mantega e Gabrielli têm nome certo no governo Dilma )
A petista viaja na quarta-feira e descansa até domingo. É possível que Dilma passe o período em Porto Alegre, ao lado da filha Paula e do neto Gabriel, mas o destino não foi confirmado pela assessoria. Ela mesma chegou a dizer na segunda-feira que seu destino é "segredo de Estado".
( Veja o especial sobre a Era Lula )
( Confira o especial sobre a trajetória de Dilma Rousseff )
( Qual deve ser a prioridade do governo Dilma? Vote )
( O que você gostaria de dizer para a próxima presidente? Mande sua mensagem )
( As promessas de Dilma )
Ainda nesta terça-feira, Dilma concede entrevistas para as emissoras Band e SBT. Na segunda, ela deu entrevistas à Record, Globo e RedeTV! . Dilma optou por essas mídias e não concedeu ainda uma entrevista coletiva a toda a imprensa.
Depois, a presidente eleita irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Seul , na Coreia do Sul, para reunião do G-20, onde ele vai apresentá-la à comunidade internacional. A reunião será entre 11 e 12 de novembro.
Leia mais:Palocci deverá ser coordenador da equipe de transição de Dilma
Equipe de transição já discute câmbio no governo Dilma
Escolha de Dilma para o BC será estratégica e sinalizará política cambial
Dilma já começa a montar sua equipe: nos bastidores, nomes como Paulo Bernardo, Palocci, Cardozo e Pimentel

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Países árabes pedem que EUA investiguem denúncias feitas por Wikileaks


Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque

O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Campanha de vacinação contra a paralisia infantil continua em pelo menos 15 Estados (Danuza Peixoto)

CAROLINA LEAL

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



A segunda etapa da campanha de vacinação contra a paralisia infantil continua em pelo menos 15 Estados que ainda não atingiram a meta de imunizar 95% das crianças de até cinco anos.



SP prorroga até dia 20 de agosto a segunda etapa da vacinação contra paralisia infantil

Governador de SP leva sua neta para ser vacinada contra a pólio

Segunda etapa da vacinação contra pólio começa às 10h de sábado



Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Ceará, Tocantins, Acre e Roraima continuam na campanha.



A maioria dos Estados adotou como data final a próxima sexta-feira, dia 20 de agosto; Paraná e Espírito Santo estenderam a campanha até o dia 27; Roraima, até o dia 30. Sergipe e Tocantins não estabeleceram um prazo final.



A Folha não conseguiu confirmar os prazos da campanha com os governos do Distrito Federal, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Amapá e Amazonas.



Os Estados que decidiram não prorrogar a campanha oficialmente são Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Maranhão. No entanto, mesmo com o fim da campanha oficial, a vacina continua disponível em postos de saúde da rede municipal.



Boa parte dos Estados adotou a prorrogação por conta da baixa procura pela vacina no sábado, o dia "D" da vacinação. O governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, citou o frio e a chuva que atingiram o Estado no fim de semana.



Outros Estados, como Santa Catarina, Paraíba e Tocantins, já tinham incluído o prazo maior em seus cronogramas. No Tocantins, por exemplo, a dificuldade de acesso a localidades da área rural fez com que o governo não estabelecesse uma data limite para a vacinação.



BALANÇO



Um balanço parcial do Ministério da Saúde indica que cerca de 10 milhões de crianças foram vacinadas em todo o país contra a poliomielite, até as 15h desta segunda-feira. A meta é imunizar 14,6 milhões de crianças --ou 95% dos menores de cinco anos.



A primeira etapa da campanha foi no dia 12 de junho. Cerca de 24 milhões de doses de vacina foram distribuídas em cada etapa.



O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989. Causada pelo poliovírus selvagem, a doença é caracterizada por febre, mal-estar, cefaleia e pode causar paralisia. A vacina é segura e os efeitos colaterais são extremamente raros.



Somente não devem ser imunizadas as crianças com deficiência imunológica, como Aids e câncer, ou que apresentem infecções agudas, febre alta, diarreia, vômito ou alergia aos componentes da vacina.



A poliomielite é uma infecção grave causada por três tipos vírus que provoca lesões no sistema nervoso podendo matar ou provocar a paralisia dos membros --pernas e braços. A doença é transmitida por via oral.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Acidentes de Trânsito e sua prevenção (CoroneL PaiM 12777 Escreve)

É inaceitável o elevado indice de acidentes de trânsito nas estradas e ruas de Mato Grasso do Sul.

Só em Campo Grande o Trânsito mata uma pessoa, quase todos os dias.

Os acidentes, de um modo geral decorrem de impericia, negligência e imprudência

A 60 km/h você dirige o carro,

A 100 km/h só Deus o guia,

A 120 km/h a morte pega carona.

Nós podemos reduzir tais acidentes, mediante educação para o trânsito.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Projeto Genoma faz 10 anos e perguntas se multiplicam (Danuza Peixoto)

São Paulo - No próximo sábado, 26 de junho, completam-se dez anos desde que foi revelada ao mundo a ordem correta das substâncias bioquímicas que compõem o código genético humano. O balanço desse período é marcado por incertezas, exageros, frustrações e esperança. "Foi uma descoberta fantástica. No entanto, criou muito mais perguntas do que respostas", disse o médico geneticista Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica, em entrevista à Agência Estado.

A ordem da sequência das três bilhões de A, T, C e G - adenina, timina, citosina e guanina - foi anunciada após dez anos de trabalho de uma colaboração científica internacional coordenada pela Organização do Genoma Humano (Hugo, na sigla em inglês), da qual faz parte o especialista brasileiro.

Para Raskin, houve um avanço significativo no conhecimento em relação às cerca de sete mil doenças genéticas que isoladamente são raras e causadas pela alteração em um único gene. "Com certeza, essas doenças tiveram um avanço maior nos últimos dez anos do que em toda a história, tanto na compreensão delas como no diagnóstico e também no tratamento."

Por outro lado, segundo o médico, pouco se sabe sobre as doenças mais comuns que afetam o ser humano, como obesidade, hipertensão arterial, diabete e câncer. Isso porque elas apresentam um componente tanto genético - que podem ser alterações em vários genes ao mesmo tempo - quanto ambiental, como cultivar hábitos ruins de vida, entre eles o sedentarismo e a alimentação inadequada. "Se você tem predisposição genética a ter diabetes, não se exercita e se alimenta mal, então você vai ter a diabetes."

O geneticista afirmou que hoje, após dez anos de estudos, não se sabe nem quanto da causa de uma doença comum é genética nem quantos genes estão envolvidos. "Os próprios cientistas ainda desconhecem o significado de boa parte das sequências que descobriram." Raskin disse ainda que há uma teoria que questiona se o componente genético dessas doenças está só no DNA.

"Depois do sequenciamento das três bilhões de letrinhas, tudo se baseou na comparação das letrinhas de pessoas normais com a de pessoas que têm a doença. Mas e se o problema não estiver na sequência das letras e sim em outras etapas da produção da proteína? Aí nós simplesmente estamos olhando no lugar errado. Essa é a maior frustração que se tem até o momento", afirmou.

Tratamentos

Uma outra dificuldade que se tem atualmente é a de preencher a lacuna entre a pesquisa genética e sua aplicação prática. De acordo com Regina Célia Mingroni Netto, doutora do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), isso ocorre porque "o mecanismo de origem das doenças, na maioria das vezes, se revela bem mais complicado" do que se supunha. "A gente descobre que uma mesma doença pode ter várias causas."

Raskin lembrou que a maioria das doenças genéticas são raras e, portanto, não há interesse de se investir no tratamento de doenças que afetam uma a cada cem mil pessoas. "A indústria farmacêutica talvez não tenha interesse em fabricar dez aspirinas diferentes, para o genoma de cada indivíduo. É mais fácil e barato fazer uma aspirina para o mundo inteiro."

O geneticista disse que há um certo temor na sociedade em relação aos avanços nesse campo de pesquisas em meio a questões éticas, filosóficas e até religiosas. Ele cita, como exemplo, o caso uma gestante que decide saber se o feto herdou o erro genético que fará com que a criança desenvolva demência por volta dos 50 anos. "Será que ela quer mesmo saber isso? E depois, ela vai interromper a gestação se o erro foi herdado? E quantas pessoas viveram 50 anos e deram contribuições grandiosas à humanidade?" Raskin reforça que é apenas um exemplo e lembra que interromper uma gestação por má formação do feto é proibido no Brasil.

Regina Mingroni afirmou que sente a sociedade receber bem as melhorias da análise dos genes humanos. Ela disse que as pessoas afetadas por doenças genéticas são ávidas por informações sobre a origem e as causas delas. "As pessoas recebem muito bem quando a gente consegue explicar o que está acontecendo."

Exageros e esperança

Após o anúncio do primeiro rascunho do código genético humano, feito em conjunto por cientistas do Projeto Genoma Humano (público) e pela companhia Celera Genomics (privada), no dia 26 de junho de 2000, na Casa Branca, criou-se uma expectativa exagerada sobre os efeitos em cima dessa descoberta. Por exemplo, era esperada uma revolução com o surgimento de remédios personalizados: medicamentos desenvolvidos com base no genoma de cada pessoa.

No entanto, segundo Raskin, apenas três medicamentos foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), o órgão que controla alimentos e remédios nos Estados Unidos. "Tudo aconteceu em uma escala menor do que se previa", disse.

Para Regina, culpa desse exagero é em parte da imprensa, que, de acordo com ela, acentuou os efeitos benéficos de curto prazo. Ela também responsabiliza os próprios cientistas, os quais alardearam possibilidades diversas com o objetivo de atrair investimentos para as pesquisas deles.

Em meio a incertezas, exageros e frustrações, há também esperança: "O potencial do sequenciamento do genoma é enorme ainda. Não é menor do que foi imaginado. Só que não chegamos tecnologicamente lá", afirmou o geneticista.

Brasil

De acordo com Raskin, o Brasil desponta nas pesquisas em genética. O problema, disse ele, é o atendimento, a assistência em genética. "As pessoas e familiares que têm doenças genéticas estão completamente desamparadas no País. E isso por quê? Porque a genética não faz parte do SUS (Sistema Único de Saúde)."

Ele afirmou que a Sociedade Brasileira de Genética Médica tenta há cinco anos e meio convencer o Ministério da Saúde a implantar o serviço de genética no SUS, alegando que a segunda maior causa de mortalidade infantil advém de anomalias congênitas, que são quase todas genéticas. "Em janeiro do ano passado o ministério publicou uma portaria que instituía a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica. Só que era necessária a publicação de uma segunda portaria, detalhando como isso seria feito. E até agora isso não aconteceu."

Em nota, o ministério afirmou que mantém um grupo de trabalho para a publicação de uma nova portaria. Alegou ainda que, mesmo sem essa publicação, desenvolve ações para o atendimento de pacientes com doenças genéticas. Como exemplo, citou que as pessoas acometidas pela Doença Celíaca, Fibrose Cística e Doença de Gaucher, possuem atenção integral na rede pública (diagnóstico, tratamento e acompanhamento).

O ministério informou ainda que há no País 241 serviços relacionados à genética clínica - 66 voltados ao atendimento clínico e 175 ao atendimento laboratorial. "Este trabalho é feito por hospitais públicos e hospitais filantrópicos com recursos do SUS." Por fim, disse que são gastos R$ 49 milhões por ano com a atenção em genética clínica na rede pública e chamou a atenção para o baixo número de profissionais especializados, o que, segundo a pasta, dificulta a adoção de política nessa área.

Renan Carreira

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Vacinação contra gripe H1N1 termina nesta quarta com grupos abaixo da meta

do UOL Ciência e Saúde

Da Redação

A campanha de vacinação contra a gripe suína, ou influenza A (H1N1), chega à reta final nesta quarta-feira (2). Até esta terça-feira (1º), no entanto, apenas 55,2% dos adultos de 30 a 39 anos e 5,4% das crianças de 2 e 5 anos haviam sido vacinados. Entre as gestantes, a cobertura era de 70%, com mais de 2,1 milhões de mulheres vacinadas. A meta do Ministério da Saúde era de 80% de cobertura para todos os grupos.

Segundo a assessoria de imprensa da pasta, todas as vacinas adquiridas foram entregues e a campanha não deve ser prorrogada. Mas é preciso lembrar que as crianças que receberam meia dose devem voltar aos postos para completar a imunização.

A recomendação do Ministério é que Estados e municípios que não atingiram a meta avaliem como garantir a cobertura mínima, portanto é possível que a imunização seja prolongada em algumas regiões e para grupos específicos. A assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado de S.Paulo não confirmou se continuaria a oferecer a vacina até a noite desta terça-feira.

O ministro José Gomes Temporão ressaltou, ontem, que a chegada do inverno aumenta a transmissão de doenças respiratórias. “É essencial, portanto, que os grupos mais vulneráveis ao vírus estejam protegidos."

Segundo o Ministério, a meta de 80% entre brasileiros de 20 a 29 anos vacinados deve ser atingida. Os resultados também foram alcançados entre profissionais de saúde (100%), crianças de seis meses a menores de 2 anos (100%), portadores de doenças crônicas (100%) e indígenas (83%).
Maior campanha

Esta já é a maior campanha de imunização realizada no país. Foram registradas 70,5 milhões de doses aplicadas, superando a campanha de vacinação contra rubéola, que imunizou 67 milhões de pessoas em 2008. “No mundo, o Brasil é o país que, proporcionalmente, mais vacinou a sua população. Isso demonstra o grande trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde vacinadores e a confiança da população no programa de imunizações”, disse Temporão.
Internações

Em 2010, foram registradas 540 internações e 64 mortes em decorrência da gripe H1N1, até 8 de maio. Desse total, 18% dos casos graves e 30% dos óbitos foram em gestantes.

No ano passado, foram registrados 2.051 mortes em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Campanha de vacinação contra gripe não atinge meta (Postado por Danuza Peixoto)

A campanha de vacinação contra gripe suína termina amanhã sem conseguir imunizar em número suficiente um dos grupos mais suscetíveis à doença: as grávidas. Entre gestantes, a cobertura atingiu 70%, porcentual que está abaixo da meta estabelecida, que era de alcançar pelo menos 80% desta população.

Também entre crianças de 2 anos a 4 anos e 11 meses e entre adultos com idade entre 30 e 39 anos a procura pela vacina não alcançou a marca esperada. Mesmo com o baixo desempenho nos três grupos, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou hoje não haver perspectiva de nova prorrogação da campanha.


Apesar de não haver até agora a programação de nova prorrogação em nível nacional, o Ministério recomendou que Estados e municípios estendam as ações para garantir a cobertura mínima de 80% em todos os grupos.


O porcentual de vacinação de crianças na faixa etária entre 2 anos e 4 anos e 11 meses foi de apenas 5,4%: 515 mil crianças vacinadas de um público estimado em 9,6 milhões. Entre adultos de 30 a 39 anos, o índice de procura aos postos foi de 55,2%.


A campanha começou dia 8 de março. Desde então, foram vacinadas 70 milhões de pessoas, 21 milhões a menos do que o planejado inicialmente. A maior resistência em aderir à iniciativa foi de gestantes: o grupo tem a vacina disponível desde 22 de março.


Portadores de doenças crônicas, crianças entre 6 meses e menores de dois anos, trabalhadores de saúde e indígenas já atingiram a meta mínima de 80%. A expectativa do Ministério era de que até amanhã o índice também fosse alcançado entre adultos com idade entre 20 e 29 anos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Campanha nacional de vacinação contra gripe suína termina nesta sexta


Edson Silva/ Folha Imagem

Neste ano, até o dia 8 de maio, foram registradas 540 internações por gripe suína no país

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Hoje é o último dia da campanha nacional de vacinação contra a gripe suína, ou Influenza A (H1N1).

O Ministério da Saúde informou, na quinta-feira (20), que ainda não trabalha com a possibilidade de prorrogar o prazo, mesmo que a meta de imunização de 80% das pessoas ainda não tenha sido atingida para quatro dos sete públicos definidos pelo governo.

Entretanto, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou na noite de ontem que prorrogará até 2 de junho a vacinação para gestantes e adultos de 30 a 39 anos. A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul também anunciou que vai prorrogar a vacinação para adultos de 30 a 39 anos. No Estado gaúcho a campanha vai até o dia 28 de maio.

A recomendação do Ministério aos Estados e municípios que ainda não atingiram as metas é que montem estratégias para alcançar o objetivo até o prazo estipulado. Além disso, o governo alerta os responsáveis por crianças entre 6 meses e 2 anos de idade a aplicar a segunda meia dose da vacina, trinta dias depois da aplicação da primeira.

Segundo último balanço do Ministério da Saúde, até o dia 14, já haviam sido aplicadas 57 milhões de doses --a meta é chegar a 72 milhões.

O levantamento ainda indica que a última fase da campanha, com foco nos adultos de 30 a 39 anos, foi a que teve, até o momento, o menor índice de adesão.

Dos 30 milhões de brasileiros nesta faixa etária, o ministério pretende vacinar pelo menos 24 milhões. Até a semana passada, somente 8 milhões de doses foram aplicadas nesse grupo –o que representa apenas 27% da meta proposta pelo governo.
Campanhas prorrogadas

* São Paulo prorroga vacinação da gripe suína para gestantes e adultos
* RS prorroga por uma semana vacinação de adultos contra gripe suína

Os profissionais de saúde, as crianças menores de 2 anos e os indígenas já superaram a meta e vacinaram 100% do público-alvo.

Nos demais grupos, o ministério contabiliza a vacinação de 86% dos portadores de doenças crônicas (18,1 milhões), 66% das gestantes (2 milhões) e 75% de adultos de 20 a 29 anos (26,4 milhões).

Gripe comum
Nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste também está em curso a vacinação contra gripe comum para idosos.

Eles também têm até hoje para procurar os postos de saúde e receber a dose, antes da chegada do inverno. A etapa, que começou mais tarde nessas regiões devido ao atraso na entrega das vacinas pelo Instituto Butantan, já vacinou quase 9 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

Os idosos portadores de doenças crônicas também devem ser imunizados contra a gripe H1N1.

Casos de gripe suína
Foram registradas neste ano, até o dia 8 de maio, 540 internações pelo H1N1 no país. Desse total, 60,5% apresentavam pelo menos uma condição de risco para gravidade, e 17,5% eram mulheres grávidas.

Em relação às mortes, houve um total de 64.

As mulheres correspondem a 75% do total e as gestantes, a 30%.

No ano passado, de 2.051 mortes registradas, 75% ocorreram em pessoas com doenças crônicas.

Entre as grávidas, a letalidade nos casos graves foi 50% maior do que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos.

Os adultos entre 30 e 39 anos representam 22% do total. Por fim, as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência de complicações no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vacinação contra gripe suína acaba na sexta

COOGLE NOTÍCIAS
Folha Online

A três dias do fim da vacinação contra a gripe A (H1N1) --gripe suína--, a meta de imunização de 80% das pessoas ainda não foi atingida para três dos públicos definidos pelo Ministério da Saúde.

Até esta terça-feira, de acordo com o Ministério da Saúde, foram vacinadas 75% das pessoas de 20 a 29 anos, 66% das grávidas, e 27% dos adultos entre 30 e 39 anos.

Ao todo, contando também idosos, pessoas com doenças crônicas e crianças de seis meses a dois anos, já foram aplicadas 57 milhões de doses. A meta é chegar a 70 milhões.

sexta-feira, 19 de março de 2010

País pode ter nova vacina contra febre amarela

São Paulo - A Fundação Oswaldo Cruz, um dos maiores fabricantes mundiais da vacina contra febre amarela, informou ter obtido bons resultados em pesquisas com adultos utilizando uma nova versão do imunizante, que poderá trazer menos reações adversas. Agora haverá testes em crianças.

O laboratório público Biomanguinhos, vinculado à entidade, conseguiu imunizar adultos com uma dose que contém dez vezes menos partículas do vírus vivo atenuado da doença do que o utilizado atualmente - 6 mil partículas contra 60 mil. A informação foi dada por pesquisadores durante o 46.º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, que terminou ontem em Foz do Iguaçu.

A vacina contra a febre amarela é necessária hoje na maior parte do País em razão do ressurgimento do vírus entre 2008 e 2009. Como em metade dos casos a doença mata, o imunizante não pode ser dispensado. Entre 2000 e 2008, a frequência de eventos graves foi raríssima no País. A de reações leves, como febre, foi de 0,91 caso por 100 mil, e as neurológicas, graves, de 0,084 por 100 mil vacinados. Porém, com a volta do vírus, o número aumentou - chegou a 56 casos entre 2008 e 2009. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

* do UOL Notícias

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Brasileiros serão vacinados contra gripe suína a partir de março

SOFIA FERNANDES

colaboração para a Folha Online, em Brasília

Atualizado às 14h46.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta terça-feira a estratégia de vacinação contra a gripe A (H1N1 ou gripe suína). A campanha de imunização será dividida em quatro etapas, começando em 8 de março. O Ministério da Saúde estima vacinar 62 milhões de brasileiros para tentar conter a segunda onda da doença, que deve começar no inverno.

Veja o calendário de vacinação contra a gripe A no Brasil
Brasil prepara reforços na rede de saúde para 2ª onda da gripe A
OMS nega conflito ético após críticas a gerenciamento da gripe A
OMS vai rever tratamento dado à pandemia de gripe H1N1
Imunidade contra a gripe A aumenta no hemisfério Sul, diz OMS
Dose única de vacina pode ser eficaz contra gripe A em crianças

O governo vai priorizar trabalhadores da área de saúde envolvidos no atendimento aos pacientes, grávidas, crianças entre seis meses e dois anos de idade, comunidades indígenas e pessoas com doenças crônicas de base (veja lista abaixo). Serão incluídos também adultos saudáveis de 20 a 29 anos. No país, serão 83 milhões de doses, que custaram R$ 1 bilhão. A vacinação será gratuita.

A primeira etapa acontece de 8 a 19 de março e atenderá trabalhadores do serviço de saúde, público e privado, incluindo trabalhadores de limpeza, recepcionistas, enfermeiros, funcionários de laboratórios e médicos. Na primeira fase será incluída também toda a população indígena (com estimativa de 600 mil imunizações).

A segunda etapa vai de 22 de março a 2 de abril. A população com doenças crônicas, exceto idosos, será atendida (não será exigido atestado médico). Pessoas com obesidade de grau 3 (antiga obesidade mórbida), diabetes, doenças hepáticas e renais estão no grupo de doentes crônicos.

Ainda na segunda etapa, crianças com seis meses a dois anos serão vacinados. Para esse caso, são duas meias doses --a segunda, 21 dias após a primeira dose. As grávidas poderão ser vacinadas a partir da segunda etapa, ao longo de toda campanha.

A terceira etapa, que vai de 5 a 23 de abril, atenderá a população saudável de 20 a 29 anos. Brasil, Estados Unidos e Canadá são os únicos países a incluir crianças e adultos saudáveis na campanha. Os outros países seguem a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), que não considera esses grupos como prioritários.

Idosos (com mais de 60 anos) com doenças crônicas serão vacinados na quarta etapa, que vai de 24 de abril a 7 de maio.

"Estratégia realista"

Serão 36 mil salas de vacina, em todos os Estados. Para receber a vacina, é necessário respeitar os grupos definidos pelo ministério, ir a uma unidade de vacinação, com carteira de vacinação e documento de identidade. A vacina é contraindicada a alérgicos a ovo.

Segundo Temporão, o número de vacinas será o suficiente para atender aos grupos prioritários, com excedente para imprevistos. "A estratégia brasileira é bastante realista, tem forte base científica. Estamos tendo foco bastante claro", afirmou. O ministro declarou que o número de vacinas e o formato da campanha "não saiu apenas da cabeça do ministério" --a comunidade científica e especialistas foram ouvidos, de acordo com Temporão.

Rede privada

Temporão afirmou hoje que a mesma estratégia adotada pela rede pública será recomendada para a rede privada de saúde. Será autorizada a venda da vacina apenas para os mesmos grupos de risco e de idade incluídos na campanha nacional gratuita. Segundo os laboratórios GSK e Sanofi, ainda não há previsão de venda da vacina na rede privada.

Veja a lista de doenças crônicas

- Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
- Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
- Asmáticos (formas graves);
- Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
- Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
- Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
- Diabetes mellitus;
- Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
- Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
- Doença hematológica (hemoglobinopatias);
- Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
- Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
- Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

Fonte: Ministério da Saúde
p(tagline). Com Folha de S.Paulo