do UOL Ciência e Saúde
Da Redação
A campanha de vacinação contra a gripe suína, ou influenza A (H1N1), chega à reta final nesta quarta-feira (2). Até esta terça-feira (1º), no entanto, apenas 55,2% dos adultos de 30 a 39 anos e 5,4% das crianças de 2 e 5 anos haviam sido vacinados. Entre as gestantes, a cobertura era de 70%, com mais de 2,1 milhões de mulheres vacinadas. A meta do Ministério da Saúde era de 80% de cobertura para todos os grupos.
Segundo a assessoria de imprensa da pasta, todas as vacinas adquiridas foram entregues e a campanha não deve ser prorrogada. Mas é preciso lembrar que as crianças que receberam meia dose devem voltar aos postos para completar a imunização.
A recomendação do Ministério é que Estados e municípios que não atingiram a meta avaliem como garantir a cobertura mínima, portanto é possível que a imunização seja prolongada em algumas regiões e para grupos específicos. A assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado de S.Paulo não confirmou se continuaria a oferecer a vacina até a noite desta terça-feira.
O ministro José Gomes Temporão ressaltou, ontem, que a chegada do inverno aumenta a transmissão de doenças respiratórias. “É essencial, portanto, que os grupos mais vulneráveis ao vírus estejam protegidos."
Segundo o Ministério, a meta de 80% entre brasileiros de 20 a 29 anos vacinados deve ser atingida. Os resultados também foram alcançados entre profissionais de saúde (100%), crianças de seis meses a menores de 2 anos (100%), portadores de doenças crônicas (100%) e indígenas (83%).
Maior campanha
Esta já é a maior campanha de imunização realizada no país. Foram registradas 70,5 milhões de doses aplicadas, superando a campanha de vacinação contra rubéola, que imunizou 67 milhões de pessoas em 2008. “No mundo, o Brasil é o país que, proporcionalmente, mais vacinou a sua população. Isso demonstra o grande trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde vacinadores e a confiança da população no programa de imunizações”, disse Temporão.
Internações
Em 2010, foram registradas 540 internações e 64 mortes em decorrência da gripe H1N1, até 8 de maio. Desse total, 18% dos casos graves e 30% dos óbitos foram em gestantes.
No ano passado, foram registrados 2.051 mortes em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).
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